Da Redação
Blog Edição MT
Sob o comando de Ananias Filho, o Partido Liberal (PL), que projeta eleger 40 prefeitos em Mato Grosso, parece acreditar que a força da liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro seria o suficiente para resgatar almas penadas do purgatório político e premiá-las com cadeira de prefeito.
A indelicadeza com o deputado Thiago Silva, de Rondonópolis e o trato desdenhoso ao MDB expõe a soberba de Ananias, mostra sua falta de traquejo político e deixa visível sua predileção por tamancos altos.
O que Ananias não sabe ou finge não saber é que o conservador, o bolsonarista raiz, não admite ser massa de manobra, não embarca em canoa furada e, às vezes, se recusa a seguir a orientação do próprio Bolsonaro.
A derrota da atual deputada federal Coronel Fernanda na disputa ao senado em 2020 para Carlos Fávaro é um caso exemplar. Parcela expressiva dos bolsonaristas não vou na candidata apoiada pelo ex-presidente Bolsonaro.
Em Várzea Grande, a situação tende a se repetir.
E a razão é simples: Ananias resgatou o ex-prefeito fujão Tião da Zaeli do ostracismo político. O pior e mais desastrado prefeito da história da cidade retornou abraçado com seu amigo Flávio Frical e disposto a enfrentar o prefeito Kalil Baracat e a família Campos na eleição de 2024.
As lambanças e peripécias de Ananias na condução do PL de Mato Grosso terão duras e amargas consequências. O senador Wellington Fagundes parece que terceirizou as articulações políticas do partido ou perdeu o controle sobre a legenda, é o que pensa quem faz analise política.