Da Redação
Blog Edição MT
O senador Sérgio Moro sentou no banco dos réus nesta quinta-feira (7/12). Ele prestou depoimento aos juízes do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná em ações que pedem cassação por atropelamento às leis, códigos e regulamentos durante a campanha eleitoral de 2022.
Abatido e antevendo que será cassado e expurgado da vida pública por oito anos, o senador respondeu às perguntas do relator das ações e do Ministério Público, mas preferiu se manter em silêncio diante das perguntas dos advogados do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Liberal (PL).
Diferente do filósofo Sócrates que tomou cicuta para não se apequenar e nem fazer concessões, Moro ingere a contragosto o próprio veneno que destilou quando comandava a chamada República de Curitiba e se apresentava como o algoz impiedoso da Lava Jato.
Moro desmoralizou a toga, comprometeu a imagem do judiciário, foi um péssimo ministro da Justiça e exerce de forma capenga e improdutiva o mandato de senador.
O fim inglório de Moro é justo e merecido.
A oitiva ocorreu dentro da análise de Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes), de autoria do PT e do PL, que acusam Moro de abuso de poder econômico, arrecadação e gastos eleitorais ilícitos, além de mau uso dos meios de comunicação.
As legendas pedem que o ex-juiz seja cassado e fique inelegível por oito anos.
Elas alegam a existência de irregularidades nas contas de Moro.
Um dos apontamentos é que ele teria se beneficiado de verba disponibilizada pelo Podemos, partido pelo qual se candidatou à Presidência, em sua campanha para o Senado pelo União Brasil.
Há ainda registros de inconsistências na prestação de contas do senador, como descumprimento do prazo para entrega de relatórios.
A Procuradoria negou pedidos da defesa de Moro para trancar a ação e concordou em ouvir testemunhas ligadas ao caso.
Moro nega as lambanças.