EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
O jornalista e pitaqueiro político de Veja, Augusto Nunes, sempre que pode destaca o caráter messiânico de Luis Inácio Lula da Silva, o trapaceiro de Garanhuns.
Na avaliação do veterano repórter, o ex-presidente recebe de seu séquito de bajuladores tratamento de divindade. Lula seria o demiurgo do petismo. Como tal, é reverenciado por seus seguidores. O ex-presidente, mesmo preso em Curitiba, continua sendo o líder supremo do lulopetismo – uma seita que congrega indivíduos da esquerda. Os membros da congregação de Lula seguem a lógica do fundamentalismo. São obedientes e disciplinados.
Durante a campanha eleitoral de 2018, Jair Bolsonaro bateu duro contra Lula e seus seguidores. A promessa do capitão era livrar o governo da influência da ideologia de esquerda ... para aparelha-lo sob os auspícios da ideologia de direita.
Os fundamentalistas de esquerda, nos tempos áureos de Lula e Dilma, usavam as redes sociais para destruir reputação e reduzir a nada a honra de eventuais desafetos.
No poder, Bolsonaro montou sua base de apoio nas redes sociais. A milícia de direita, muito semelhante com a de esquerda, está sempre em prontidão para sair em defesa de Messias, o deus substituto de Lula no trono da hipocrisia.
A milícia de direita, muito semelhante com a de esquerda, está sempre em prontidão para sair em defesa de Messias, o deus substituto de Lula no trono da hipocrisia
Bastou a senador Selma Arruda (PODE) afirmar que “Bolsonarismo é uma seita que engole sem mastigar” para a turma se levantar da catacumba do atraso com pedras e flechas nas mãos. Selma, por acaso, faltou com a verdade? Os lunáticos do lulopetismo se confundem com os bolsominions e, juntos, prestam um desserviço à democracia. O apoio cego, acrítico, irracional e apaixonado a governante é algo temerário.
Lula, idolatrado pelas massas, se colocou acima das instituições, pensou que podia tudo, meteu as mãos nos cofres e assaltou a Pátria. O presidente Jair Bolsonaro, que é uma pessoa humana, não foi eleito substituto de Deus.
Governar é o dever de Bolsonaro; apoiar, cobrar, fiscalizar e vigiar continua sendo um direito líquido e certo da nacionalidade. Exceto para aqueles que trocaram a cidadania pela condição de meros bajuladores do capitão. Esses, de fato, engolem sem mastigar, como bem lembrou Selma Arruda.
Para concluir, tomo por empréstimo o último parágrafo do artigo ‘Culto à personalidade e o rebanho bovino’, do articulista Rodrigo Constantino, postado na Gazeta do Povo, edição de 17/09.
Escreveu, Constantino
"No final do dia a direita terá mesmo que se dividir entre aqueles que pregam valores, ideias e princípios, presentes nas doutrinas liberal e conservadora, e aqueles que cultuam um líder político, seguem um guru filosófico, e adotam o tribalismo como mentalidade predominante. Tal postura é antagônica ao bom conservadorismo"