Sábado, 15 de Março de 2025

CIDADES Quinta-feira, 26 de Setembro de 2019, 17:48 - A | A

26 de Setembro de 2019, 17h:48 - A | A

CIDADES / TANGARÁ DA SERRA

Morador de rua é esfaqueado na praça dos Pioneiros

Da Redação



Na repetição da história, uma constatação trágica. Mais um morador de rua, provavelmente uma pobre criatura dominada pela dependência quimica, foi esfaqueada, na tarde desta quinta-feira, na praça dos Pioneiros. A motivação do crime pode ter sido desentendimento por razões de pouca relevância. O sangue do individuo derramado no espaço público, que foi construido em homenagem aos fundadores da cidade, clama por reflexão.

Equivocadamente, os drogaditos, sem emprego, sem moradia fixa e sem perspectiva de um futuro menos sombrio, são rotulados de "andarilhos", como se andarilhos também não fossemos. Todos que andamos, somos andarilhos. Fora a questão semântica, outra ainda mais complexa exige uma tomada de posição tanto da sociedade como do poder público.

Como resolver o problema e devolver a praça dos Pioneiros a população de Tangará da Serra e aos visitantes?

A solução não é simples; não depende apenas da ação das forças de segurança pública.

Prefeito, vereadores, dirigentes de clubes de serviços e da cidade precisam debater a questão. Ignorar o problema significa perpetuá-lo por omissão.

Enquanto nada for feito, dependentes quimios, drogaditos, forasteiros e aventureiros vão continuar se amontoando na praça dos Pioneiros para consumir drogas e importunar quem por lá arrisca passar. Tentativa de assassinato, como a registrada nesta tarde, vai continuar pipocando.

O Samu está pronto para atender a vítima e as forças policiais se encarregam de correr atrás do suspeito.

Eliminar esse problema social depende da conjugação de esforços da sociedade e do poder público.

Andarilhos, medingos, dependentes de alcool ou de outras substâncias, essa rotulação é irrelevante.

São pessoas humanas castigadas pela sorte. Antes de julgá-las, o governo municipal precisa estender o braço solidário e encontrar uma alternativa humana para um problema essencialmente social. 

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