Edésio Adorno
Tangará da Serra
Durante a Copa do Mundo cada torcedor se transforma em técnico capaz de escalar a melhor seleção do planeta. Em período pré-eleitoral não poderia ser diferente. Nas ruas, nas conversas de botequim e nos grupos de Whatsapp, eleitores mais apaixonados disparam pitacos, fazem conjecturas, prospecção e analises de cenário.
Para esses entendidos é consenso que um dos traços marcantes da democracia é a alternância no poder e de renovação dos quadros políticos. Formalmente, todos são contra a perpetuidade no poder dos representantes da velha política. Renovar é preciso!
Renovar é preciso, avançar é necessário. Que novas lideranças surjam e ajudem a construir o Brasil dos sonhos de todos os brasileiros
Essa preocupação com a oxigenação da política, no entanto, se restringe ao campo da retórica. Na prática, é outra coisa. Nomes da iniciativa privada, profissionais liberais e servidores públicos, ainda que credenciados por reconhecida qualificação técnica e intelectual, mesmo sem mácula em sua história, enfrentam resistência popular.
É comum ver questionamento do tipo: “essa pessoa nunca apareceu na comunidade e já quer ser candidata?” ou ainda: “nunca foi eleito presidente de bairro e já vai disputar vaga na AL ou na Câmara dos Deputados?”. Outros ainda censuram qualquer possibilidade de inserção de novos atores no teatro político. “Foi eleito vereador ontem e já quer ser deputado estadual e/ou federal”.
Dificultar, criar barreiras e deslegitimar o surgimento de novas lideranças é coisa típica de grotões. Atitude própria de quem chegou ao século XXI, mas mantém a cabeça fincada no passado. Renovar é preciso, avançar é necessário. Que novas lideranças surjam e ajudem a construir o Brasil dos sonhos de todos os brasileiros.
GISELE PAULINI DE SOUZA 04/03/2022
Concordo plenamente, esse pensamento deve mudado, se quiserem mudança.
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