O Brasil é um país plural, democrático e miscigenado. Diferente de nações fechadas ou de regimes políticos totalitários, por aqui inexiste pensamento único, planificado. O brasileiro é livre para pensar assim ou assado e tem o direito constitucional de expor seu pensamento, sem se preocupar em agradar ou desagradar governantes de plantão. Essa é a beleza da liberdade de expressão.
Nesse ambiente não existe espaço para ideia fixa ou verdade absoluta. Discordar, divergir, convergir, contestar, aprovar, reprovar, questionar e debater são alguns dos verbos que imprimem relevância a dialética e tornam as sínteses e antíteses imprescindíveis na busca permanente pelo saber e conhecimento.
Sem essa percepção, o individuo se robotiza e entope as redes sociais com discurso pronto e narrativas construídas por espertalhões a soldo de viventes encastelados no poder. Colocar na frigideira a honra, a imagem e a reputação de pessoas nada tem a ver com desconstrução de teses.
Ofender o oponente ou desafeto não é o bastante para reduzir sua estatura ou influência no mundo social ou político. O homem sábio ataca ideias, jamais pessoas. As redes sociais não são tatames virtuais e muito menos espaço para briga de rua entre frívolos e ignorantes. Então, respeitar o adversário, oponente ou desafeto é um dever de civilidade.