EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
O musculoso juiz federal Marcelo Bretas, da Lava Jato do Rio de Janeiro, disse que a vítima nem sempre é a parte mais fraca. A lógica do magistrado que tem mais bíceps do que neurônio é compreensível. Ele explicitou nas entrelinhas que Neymar, mesmo não sendo a parte mais fraca, teria sido vítima da astucia e da vilania de Najila.
Será mesmo?
Neymar é um galático do futebol, tem muito dinheiro, conta com a orientação de assessores, tem um pai filho da puta, vive no luxo, leva uma existência cercada dos brinquedos que a grana pode comprar e das mulheres mais bonitas do universo. O monstrinho genial e genioso do Santos virou um sultão dono de uma gula sexual insaciável.
Najila pode ser o disfarce da cobra naja. Essa serpente, do Brasil, teria conseguido hipnotizar, na cosmopolita Paris, o menino Neymar. Espiando por esse prisma, o juiz Bretas prolatou sua sentença condenatória: ela, vilã; ele, vítima.
É evidente que o togado narcisista superdimensionou a inteligência da garota Najila e reduziu Neymar a um tolo rico e indefeso. Nesse diapasão, a superioridade do astro do Paris Saint-Germain ficaria restrita ao gramado. A moça, de predicados visíveis, seria mais habilidosa no acolchoado. Foi lá que ela derrubou o campeão e o fez sangrar nas redes sociais e na imprensa mundial. O garanhão se ferrou!
Se Najila foi oportunista, Neymar foi vigarista!
Neymar é um homem grosso, tosco, abusado e sem limites. Ela resistiu seu estilo agressivo, disse não e ele insistiu
É descabido, ilógico e irracional dizer que Najila passou a lábia no “ingênuo” Neymar, cruzou o Atlântico, foi a Paris e se hospedou em um hotel com o desígnio mental de aprontar um escândalo envolvendo um dos jogadores mais famosos do mundo. Se essa tese fosse verdadeira, ela seria uma debiloide, nunca uma mercenária em busca de dinheiro, fama e de outros milionários para custear sua vida de luxo.
Neymar e Najila foi o encontro da fome com a vontade de comer. Ele queria sexo descompromissado. Ela buscava apenas o desdobramento de uma noite de luxuria com o craque da bola. A recompensaria seria capas de revistas, convites para apresentações e cantadas lucrativas.
O plano deu errado. A razão foi simples: Neymar é um homem grosso, tosco, abusado e sem limites. Ela resistiu seu estilo agressivo, disse não e ele insistiu. Tudo que acontece depois do NÃO configura violação de intimidade.
Sexo sem consentimento, seja com Najila, Joana, Maria ou a puta da esquina, configura estupro. Então, nesse caso, ao contrário do que diz Bretas em sua sentença prolatada nas redes sociais, Najila é a parte fraca, fragilizada e estuprada.