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POLÍCIA Segunda-feira, 20 de Maio de 2024, 09:37 - A | A

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CNJ manda TJMT entregar dados do celular de advogado assassinado

Na decisão, ministro do CNJ avaliou como estranho pedido de viúva do advogado para destruir arquivos

Da Redação
A Bronca Popular



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 CNJ apura suposta venda de sentenças agenciadas pelo advogado morto

Na última quarta-feira, o juiz-auxiliar Wellington da Silva Medeiros, da Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ), emitiu uma determinação para que o juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Wladymir Perri, entregasse imediatamente à CNJ cópias integrais dos dados extraídos do telefone celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, conforme informado primeiramente pelo site FolhaMax.

A medida ocorreu em resposta a uma ordem do corregedor Nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, após um pedido do Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT).

A solicitação foi acatada pelo ministro Salomão, que também solicitou que o delegado Marcel Gomes De Oliveira, da Delegacia Especializada em Homicídio e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), acompanhasse o procedimento, a ser realizado em até 48 horas.

O MP-MT apontou que Wladymir Perri havia determinado à Delegacia de Polícia que qualquer material entregue pela autoridade policial deveria ser protocolado fisicamente na Secretaria da Vara.

No entanto, documentos lacrados foram apresentados, contendo HDs com os dados celulares e a agenda da vítima.

O juiz teria procedido ao deslacramento dos envelopes sem provocação das partes ou designação de ato que pudesse ser acompanhado e fiscalizado.

Além disso, o MP-MT destacou que o magistrado havia decretado sigilo dos autos fora das hipóteses legais e regulamentares e promovido o deslacramento do material apreendido, garantindo a si exclusividade de acesso irrestrito.

A viúva de Zampieri, atuando como assistente de acusação, solicitou ao juízo da 12ª Vara Criminal de Cuiabá a devolução do celular da vítima e a destruição de dados não relacionados aos fatos objeto da denúncia.

No entanto, o MP-MT se manifestou contra, afirmando que não havia cópia de segurança dos dados extraídos e que o HD poderia ser extraviado ou danificado.

O MP-MT enfatizou ao CNJ que uma decisão determinando a devolução ou destruição dos dados impossibilitaria futuras diligências para esclarecimento dos fatos, solicitando assim o encaminhamento para o CNJ da cópia integral de todo o conteúdo do celular de Roberto Zampieri.

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