Da Redação
A Bronca Popular
Era uma segunda-feira como qualquer outra, ou pelo menos assim parecia. Cuiabá, conhecida por suas paisagens exuberantes e tranquilidade, foi abruptamente despertada por uma notícia chocante que reverberou pelos jornais e redes sociais.
O Parque das Águas, que outrora era um refúgio de paz, agora era o cenário de um crime brutal que arrancou a tranquilidade da cidade.
Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, uma advogada de 48 anos, teve sua vida interrompida de maneira trágica e violenta. O nome dela se tornaria sinônimo de indignação, revolta e tristeza. Nas manchetes, nos comentários online, a comoção era unânime.
A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) lançou-se nas investigações, movida pela urgência de encontrar respostas para um crime que tirou a vida de uma mulher cheia de sonhos e planos.
Rapidamente, as peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar, apontando para um suspeito: Almir Monteiro dos Reis, um ex-policial militar.
A casa do suspeito tornou-se um microcosmo de horror quando as autoridades chegaram.
As paredes guardavam os segredos de um ato animalesco, um ataque sem piedade à advogada.
As evidências eram inegáveis e Almir Monteiro dos Reis, um exemplo deturpado de humanidade, não pôde mais negar sua participação no crime.
Ele confessou, em palavras que ecoaram como uma ferida aberta na consciência da cidade.
Na audiência de custódia, o flagrante do assassino foi convertido em prisão preventiva.
Um detalhe, no entanto, enfureceu a população e causou indignação em uma figura de destaque: a deputada Janaina Riva.
A situação privilegiada do criminoso, enviado a um presídio militar em Chapada dos Guimarães, onde a temperatura amena contrastava com a crueldade de seu ato, era uma ferida a mais.
Nas redes sociais e nos holofotes da imprensa, Janaina Riva expressou sua fúria.
A deputada não estava disposta a aceitar o tratamento diferenciado e a mordomia concedida a alguém que havia arrancado a vida de uma mulher de bem. Ela não hesitou em manifestar sua indignação e exigir uma ação enérgica das autoridades.
E a voz da deputada foi ouvida.
A determinação de Janaina provocou a reação das autoridades.
O assassino, o algoz de Cristiane Castrillon, não mais desfrutaria do conforto da prisão militar.
O horror que ele semeou encontrou seu reflexo na Penitenciária Central do Estado, um destino mais adequado para alguém que ceifou vidas.
A tragédia do Parque das Águas, ainda que tenha deixado uma cicatriz profunda, também revelou o poder da mobilização, da indignação justa.
Em meio à escuridão do crime, brilhou uma luz de ação coletiva que deixou claro que a cidade não aceitaria nada menos do que justiça, rigor e um tratamento igualitário perante a lei.
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