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POLÍCIA Quinta-feira, 08 de Setembro de 2022, 19:55 - A | A

08 de Setembro de 2022, 19h:55 - A | A

POLÍCIA / ESTUDANTE ATROPELADO

Motorista vai responder por homicídio culposo, afirma delegado

A mulher confirmou que não tem habilitação, mas disse não ter percebido o atropelamento

Da Redação
VITÓRIA GOMES E GUSTAVO CASTRO



O delegado da Delegacia de Delitos de Trânsito, José Carlos Damian, afirmou que a mulher que atropelou e matou o estudante de Medicina Veterinária Frederico Albuquerque Siqueira Correa da Costa, de 21 anos, vai responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

 

Acompanhada de seu advogado, D.C.S. chegou por volta das 14h desta quinta-feira (8) na Deletran para prestar depoimento.

 

Ao delegado, a mulher confirmou que dirigia o carro que acertou o estudante, mas disse não ter percebido que se tratava de uma pessoa e achou que tinha batido em uma caminhonete, por isso não parou para prestar socorro.

 

Segundo Damian, ela só teria se dado conta do acidente na manhã seguinte ao atropelamento. O estudante foi atingido em frente a uma distribuidora de bebidas na Avenida Beira Rio, na madrugada de sexta-feira (2).

A princípio a informação é que realmente era ela que estava dirigindo o carro porque ele não tinha condições já que momentos antes tinha ingerido bebido alcóolica. Mas ela falou que ela não tinha bebido e não tinha conhecimento, até o outro dia de que havia atingido outra pessoa”, afirmou.

 

“Ela vai responder por homicídio culposo em liberdade”, disse.

 

O presidente da Comissão de Direitos de Trânsito da OAB-MT (Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso), Giovane Gualberto, informou ao MidiaNews que em caso de homicídio culposo, a pena da condutora pode será mais branda.

 

Nesta situação, a pena varia entre 2 e 4 anos de detenção e a suspensão do direto de dirigir. Essa pena pode chegar a 6 anos quando comprovada a omissão de socorro da vítima.

 

Conforme o especialista, além de ser um crime de trânsito, a omissão de socorro está prevista no Código Penal como agravante.

 

Caso o atropelamento fosse considerado homicídio com doloso, que é quando se assume o risco de matar, ela poderia pegar uma pena de até 20 anos.

 

Próximos passos

 

As investigações ainda não terminaram e o delegado confirmou que irá ouvir a família de Frederico nas próximas semanas.

 

Damian explicou que esses dias focaram em ouvir as partes mais importantes do caso. Diogo Pereira Fortes, proprietário do veículo, prestou depoimento na segunda-feira (5).

 

O delegado afirmou que a Polícia também está aguardando um guia que vai mostrar todo o trajeto percorrido pelo carro no dia do homicídio. No entanto, ainda não é possível afirmar a velocidade que o veículo era conduzido.

 

O acidente

 

Antes de ser atropelado, Frederico estava na fila do caixa comprando uma cerveja.

 

Assim que pega a bebida, ele vai em direção à rua, aparentemente se reunir com um grupo de amigos que estavam aglomerados em volta de um carro estacionado.

 

Poucos segundos depois, um Honda City, da cor branca, passa em alta velocidade e atinge o rapaz em cheio. Com o impacto, Frederico é arremessado para o alto e para frente, e é jogado a quase 10 metros de onde foi atingido.

 

Diogo e condutora não pararam o carro e nem prestaram socorro à vítimas, que acabou falecendo.

 

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