Quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2025

POLÍCIA Segunda-feira, 22 de Abril de 2019, 19:05 - A | A

22 de Abril de 2019, 19h:05 - A | A

POLÍCIA / MATANÇA NO ASFALTO

No trânsito, se você cuidar de você ninguém vai chorar por você!

A brutalidade do transito extermina e incapacita mais gente que qualquer guerra

EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra



Lágrimas rolam nos hospitais e em velório de vítimas de acidente de trânsito. Dentre os sequelados ou mortos, não é difícil encontrar quem deu causa ao próprio suplício.    

Na gênese da mortandade de condutores e de pedestres, nas ruas e avenidas de qualquer cidade, um conjunto de fatores explica o crescente número de pacientes nos centros de traumatologia e de corpos sem vida expostos nas funerárias.    

A brutalidade do transito extermina e incapacita mais gente que qualquer guerra. A violência sobre roda mata mais que câncer e doenças do coração. Essa barbárie tem um custo assombroso para a sociedade. A maior parte dos recursos da saúde é destinada para custear tratamento de condutores e pedestres politraumatizados.   

Se fosse permitido fincar cruzes no asfalto, as ruas de Tangará da Serra seria um imenso cemitério

Com o recrudescimento da guerra no asfalto, o Samu e o Corpo de Bombeiros passaram a ter como única atribuição resgatar e transportar os feridos do campo de batalha para unidades de pronto atendimento médico. O rabecão da Politec recolhe os cadáveres.    

Enquanto a Polícia Militar tenta deter o avanço da delinquência no asfalto, a Polícia Judiciária Civil investiga as causas de tanto sinistro e caça os condutores homicidas.    

Álcool, drogas ilícitas, uso de aparelho celular, excesso de velocidade, inobservância as leis de trânsito, imprudência, imperícia e negligência estão entre as causas do genocídio que banha com sangue as ruas e avenidas de Tangará da Serra. Atribuir culpa ao poder público é cinismo próprio de condutores atrevidos e de pedestres displicentes.    

No trânsito, a regra é clara: se você cuidar de você, ninguém vai chorar por você, em um leito de hospital ou dentro de um caixão em alguma sala funerária.       

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