Denise Soares
G1
A soldado da Polícia Militar que atirou em um jovem que atacou o cliente de uma sorveteria em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, disse, em entrevista ao G1, que alertou o suspeito para que parasse de acertar a vítima e largasse o facão que carregava. Ela estava de folga naquele dia.
O suspeito, armado com um facão, só parou de golpear a vítima quando foi baleado pela policial. A situação ocorreu na tarde de domingo (3) no Distrito de Guariba. O suspeito, Cremildo da Silva Ribeiro, de 21 anos, acabou baleado pela policial na perna e foi preso. A vítima atingida pelos facões, Nelson José de Arruda, de 33 anos, foi internada.
A tentativa de homicídio e a reação da policial foram registradas pelas câmeras de segurança do local. A policial, Claudia Kafer, 32 anos, conversou por telefone com o G1. Em quase 9 anos de Polícia Militar, foi a primeira vez que a soldado teve que reagir em uma situação fora do trabalho. “Foi tudo muito rápido. Eu parei na sorveteria com meu namorado para comprar água mineral. Ouvi o barulho [do tumulto], as cadeiras e vi o rapaz agredindo o outro com o facão. Saquei minha arma e gritei 'polícia'”, disse ao G1.
Kafer disse que outras pessoas estavam na sorveteria e assistiam futebol pela televisão. Cremildo estava com uma touca e um capacete para que não fosse identificado.
A policial pagava os produtos no momento em que ele chegou em uma motocicleta e começou a atacar o cliente. “Não adiantou. Eu gritei para que ele parasse e ele continuou. O facão caiu e achei que ele fosse parar, mas não adiantou e ele continuou [tentando matar a vítima]. Foi aí que precisei atirar. Quando ele viu que não conseguia mais se mover, largou [o facão]”, comentou Kafer.
Os dois homens envolvidos no caso foram liberados do hospital nessa segunda-feira (4). A Polícia Civil investiga a motivação do crime.