EDÉSIO ADORNO
O vice de Pedro Taques e candidato surrado ao senado nas eleições de 2018, Carlos Fávaro (PSD), assim como o federal Nelson Barbudo (PSL), dificilmente conseguirá se viabilizar para o pleito suplementar de 26 de abril, quando o eleitor deve retornar as urnas para escolher o substituto da juíza Selma Arruda no senado federal.
Favaro tem dívidas de campanha pendentes de pagamento e uma impressionante história de traição a companheiros de jornada política. Barbudo não fica atrás. Também é acusado de trair e abandonar ao relento seus principais apoiadores.
Barbudo pode ser apeado a qualquer momento do comando regional do PSL. Se migrar para o Aliança pelo Brasil, será tratado como soldado raso. Um vasto dossiê contendo os périplos e presepadas de Barbudo teria deixado o presidente Jair Bolsonaro escandalizado e muito constrangido.
Como resumo da opera e sem a pretensão de ser o Nostradamus do cerrado, fica fácil prever que tanto Favaro como Barbudo se auto defenestraram da vida pública. Se qualquer um deles se viabilizar para o senado, será a consagração da metafisica do narcisismo e da terceirização por vias espúrias da atividade parlamentar.