Edésio Adorno
Agremiações partidárias e lideranças políticas conferem o mapa das eleições do último dia 15 de novembro e iniciam as articulações para o pleito de 2022, quando o eleitor retorna as urnas para eleger de presidente da República a deputados estaduais, com uma cadeira no senado e oito vagas na Câmara dos Deputados em disputa.
Em Mato Grosso, é certo que o governador Mauro Mendes (DEM) vai à reeleição e deve fazer dobradinha com o presidente Jair Bolsonaro, que também deve buscar novo mandato presidencial. Já a partir do próximo ano, o capitão precisa escolher um partido político pelo qual tentará se manter por mais quatro anos no Planalto.
Bolsonaro está sem filiação partidária, desde que se desligou do PSL, em novembro de 2019 e não conseguiu levar adiante o projeto de criação do Aliança pelo Brasil. Ele já recebeu convite de uma dezena de partidos, entre eles, PP, PTB, Patriotas, Republicanos e PDS, entre outros.
O deputado federal Nelson Barbudo, o mais bolsonarista de todos os congressistas de Mato Grosso, também deve deixar o PSL. Mas precisa esperar a abertura da janela partidária prevista na legislação eleitoral para buscar nova legenda, sob pena de perda do mandato.
Até lá, o parlamentar segue em compasso de espera e acumula convites de filiação em diversos partidos estruturados no estado. Recentemente, Nelson Barbudo foi convidado pelo senador Jayme Campos para retornar ao Democratas. O deputado não declinou do convite, mas prefere bater o martelo depois que Bolsonaro também definir seu futuro partidário.
“Nosso projeto é garantir a continuidade do governo do presidente Jair Bolsonaro. O partido ao qual vou me filiar precisa ter esse compromisso com Mato Grosso e com o Brasil”, resumiu Barbudo.