Coordenador de Bolsonaro em MT é acusado de aplicar calote em fornecedores de grãos

Rei do Porco ao lado do presidente Jair Bolsonaro

Da Redação

O empresário Reinaldo Morais leva uma vida de luxo, conforto e ostentação, está sempre cercado dos brinquedos caros que o dinheiro pode comprar. O rei dos porcos, como é mais conhecido, e sua familia se esbaldan e se refestelam em passeios de lanchas, viagens internacionais e apreciam restaurantes sofisticados. Excêntrico, ele também curte um exibicionismo na direção de um Porsche turbinado. Coisas de gente rica!

Morais é dono do frigorifico Suinobras e fornecedor de suínos para uma unidade de Tangará da Serra.

 Reinaldo Morais e o deputado federal Eduardo Bolsonaro

Em dezembro de 2021, o empresário de 'sucesso' levou o deputado federal, Eduardo Bolsonaro, que é filho do presidente Jair Bolsonaro, o ex-senador Magno Malta, entre outros expoentes da direita para conhecer as instalações da Suinobras, em Diamantino. Todos apreciaram a Spirulina de Morais, um suplemento dietético.

Reinaldo Morais é o coordenador em Mato Grosso da campanha à reeleição  do presidente Jair Bolsonaro. Ele se diz evangélico, temente a Deus, defensor da familia e dos valores cristãos. Honestidade é seu lema e uma das razões pelas quais defender o capitão.

Tudo isso, no entanto, se restringe ao campo da mera formalidade. No mundo substantivo a realidade seria um pouco diferente. A família que Morais defende parece ser apenas a dele próprio. Isso é o que relata um empresário familiar, dono de uma pequena de empresa que atua na área de comercialização de grãos na região do médio norte. O empresário contraiu empréstimo bancário para adquirir grãos para fornecer ao frigorifico Suinobras. Reinaldo Morais assinou toda a documentação, a qual a reportagem teve acesso , se comprometeu a efetuar o pagamento no prazo combinado. Não honrou o compromisso, optou pelo calote a um empreender familiar.

 Reinaldo Morais e a primeira dama Michelle Bolsonaro

"Cobrar não adiante, seo Reinaldo não atende o telefone e nem retorna as ligações. Ele visualiza mensagens no Whatsapp, mas não responde. Ele nos deve mais de R$ 1 milhão de reais. Não podemos arcar com esse calote. A gente imagina que ele deve entrar na justiça com pedido de recuperação judicial. Isso é um absurdo! Um homem que se diz evangélico fazer esse papelaão", o comentário indignado é da esposa do empresário.

"O que adianta se dizer de direita, bolsonarista, evangélico e protetor da família, se não paga o que deve. Isso é hipocrisia, farisaísmo. Estamos passando por extrema dificuldade porque entregamos o produto pra ele e não recebemos. Estamos atolados em dívida no banco e podemos perder tudo que construímos com muito trabalho porque estamos sendo vitima de calote", completou o empresário.

O empresário fez questão de afirmar que outros fornecedores do frigorífico Suinobras estariam na mesma situação. "Tem muita gente que forneceu grãos e não recebeu. Todos estão passando pela mesma situação que nós enfrentamos", concluiu.