Da Redação
A Bronca Popular
Emanuel Pinheiro, prefeito de Cuiabá, conseguiu escalar a torre da incoerência e da hipocrisia política além de seu cumulo.
Sentado em cima do rabo, ele declarou à imprensa que é grave a situação da vereadora Edna Sampaio (PT), que foi acusada de fazer rachadinha em seu gabinete. “Sem resposta não pode ficar”, bradou o fidalgo da moralidade.
Sem olhar no espelho, o prefeito mais investigado da história de Cuiabá e sobre o qual pesam fortes suspeitas de patrocinar verdadeiro faroeste de corrupção na secretaria de Saúde, avalia que os fatos supostamente praticados pela petista “são greves e praticamente indefensáveis”.
Se a rachadinha de R$ 20 mil atribuída a vereadora Edna constitui fato grave e indefensável, então a situação de quem foi pilhado enchendo os bolsos do paletó com grana de propina seria caso de cadeia?
Além de gravíssima e indefensável, a situação de um prefeito alvo de 15 operações policiais deflagradas para apurar desvio de recursos da saúde, não seria o bastante para impeachment e condenação criminal?
Pinheiro usa o caso VI da vereadora Sampaio para gerar diversionismo, tirar sua gestão claudicante do foco da imprensa e se vingar da petista, que abandonou sua base de bajulação na Câmara Municipal e adotou o discurso de opositora aos desmandos que grassam no Alencastro.