Da Redação
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), fez de tudo para impedir nova intervenção na secretaria de Saúde, mas seus esforços foram inúteis, tamanha a gravidade da situação. Nos postos de saúde faltam médicos e medicamentos.
O Hospital Municipal da Capital enfrenta aguda crise de gestão.
A secretaria de Saúde virou foco de corrupção e fábrica de escândalos.
Diante do descalabro da Saúde pública de Cuiabá, o Ministério Público Estadual (MPE) pediu intervenção na gestão da pasta.
A medida é drástica, deixa o prefeito Pinheiro em maus lençóis, mas era a única alternativa capaz de mitigar o drama vivido por quem depende dos serviços e impedir que mais vidas se sucumbam por causa da incompetência administrativa de Pinheiro.
Nesta quinta-feira, o Órgão Especial do Tribunal de TJMT decidiu, por 9 votos a 4, determinar o retorno intervenção do Governo do Estado na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá e na Empresa Cuiabana de Saúde Pública.
O pedido foi feito pelo ex-procurador geral de Justiça, José Antônio Borges, que elencou uma série de irregularidades e denúncias como falta de medicamentos, falta de médicos, além de atrasos no salários de servidores.
Irresignado com a decisão do colegiado da Corte Estadual de Justiça, Emanuel Pinheiro emitiu nota à imprensa, segundo a qual, o município vai acatar a decisão, no entanto, ela deve ser atacada por meio de recurso ao STJ.
Com a intervenção, a Saúde de Cuiabá passa a ser administrada pelo Governo do Estado, que deve manter a nomeação do procurador Hugo Felipe Lima como interventor ou escolher outro nome.
Votaram favoráveis à intervenção os desembargadores Orlando de Almeida Perri, Rui Ramos Ribeiro, Paulo da Cunha, Carlos Alberto Alves da Rocha, Maria Erotides Kneip, Márcio Vidal, Guiomar Teodoro Borges, Clarice Claudino da Silva e Serly Marcondes Alves.
Os contrários ao pedido foram os desembargadores Juvenal Pereira da Silva, Rubens de Oliveira Santos Filho, João Ferreira Filho e Antônia Siqueira Gonçalves.