Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) revelam que Mato Grosso possui atualmente 535 empreendimentos de geração de energia elétrica em operação, com uma capacidade total instalada de 4.145 MW (Megawatts).
Essa potência instalada em Mato Grosso representa cerca de 2,12% do total de potência instalada no Brasil, que é de 195.635 MW.
Esses dados podem levar o observador menos atento a deduzir que Mato Grosso é autossuficiente na produção de energia elétrica.
Se for autossuficiente na geração, é falho na distribuição, e é exatamente nesse ponto que o torniquete aperta para o comércio, a indústria, a prestação de serviços e, particularmente, para os produtores rurais.
Agricultores em Mato Grosso estão insatisfeitos com o fornecimento de energia elétrica às propriedades rurais.
A capacidade de quilowatt-hora (kWh) insuficiente, somada à falta de manutenção na rede em alguns trechos e às constantes oscilações, tem inviabilizado investimentos em armazenagens e na industrialização.
A deficiência de energia elétrica, de acordo com quem produz, além de transtornos, principalmente em épocas chuvosas, traz aumento de custos. Fato que acaba por desmotivar a realização de investimentos.
Preocupados com essa situação, o empresário e produtor rural Edilson Piaia, juntamente com o presidente do Sindicato Rural de Campo Novo, Bruno Giacomet, o produtor Celso Minozzo, o ex-prefeito Jesus José Cassol e os empresários Zeul Fedrize e Marlon Fedrize, participaram de uma reunião com o gerente da Energisa de Mato Grosso, Ricardo Botelho, quando cobraram mais investimentos da concessionária no município e a implantação de uma nova subestação.
De acordo com o grupo de empresários, a energia elétrica é um dos principais insumos para a geração de emprego, renda e para garantir o desenvolvimento da cidade.
“Pontuamos ao executivo da Energisa nossas demandas, tanto do campo quanto da cidade. Espero que ele atenda nossos pleitos. Aproveito para agradecer a todos que participaram da reunião e ajudaram a mostrar que a energia elétrica é uma das preocupações de todos os segmentos da sociedade”, afirmou Edilson Pia.
