Escanteado por familiares e antigos aliados, Emanuel Pinheiro foge para Brasília

Da Redação

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), sabe que não há como mudar o passado. O que ele não sabe mesmo é conviver com sua própria história de vida, por isso vive fugindo da própria sombra como alguém atormentado por inimigos imaginários, quando ele próprio é a causa e consequência da psicose do medo que enfrenta.  

Estabelecer residência em Brasília com o propósito de articular forças do governo federal para emperrar a troca do VLT pelo BRT é apenas um pretexto mental esfarelado para justificar a fuga de Cuiabá e se eximir da responsabilidade de encarar e resolver os reais problemas que inquietam e infelicitam a vida da população cuiabana.  

Entre os muitos problemas, o caos na saúde é o mais escandaloso porque abre covas nos cemitérios para ‘pessoas que morrem como baratas’, como bem anotou o desembargador Orlando Perri, do TJMT, em seu voto pela intervenção do estado na secretaria de Saúde.  

Morando na Capital da República, Pinheiro também imaginou que conseguiria fazer lobby junto a expoentes do governo Lula para reverter no STJ ou STF a intervenção na Saúde. Deu com as burras n’água. Sofreu duas derrotas e passou vergonha a torto e a direito. Mas para quem é a cara de quem não tem vergonha na cara, escaramuça nos tribunais superiores não há de ser nada relevante.  

De volta ao primeiro paragrafo deste texto, é possível deduzir que Pinheiro se mudou para Brasília por ter se tornado persona non grata no circuito político cuiabano. Escanteado por familiares, antigos colaboradores e acossado pela população insatisfeita com seu desgoverno, a alternativa que restou foi empreender fuga da própria sombra. Aliás, dos problemas que solapam a imagem de Cuiabá e causam sofrimento, vergonha e revolta na população. Uma gestão que prometia ser humanizada caminha para um final escandalizado