Da Redação
A Bronca Popular
O presidente Jair Bolsonaro (PL) defende o direito de locomoção, a liberdade de imprensa e de expresão, assegura ao cidadão o direito de tomar ou não a vacina contra a covid-19 e afirma com frequência que os país devem ter a última palavra quanto a conveniência de imunizar ou não seus filhos.
Formalmente, é um discurso contra a ditadura e a opressão. Logo, trata-se de uma demonstração de aparente apego a democracia. Infelizmente, alguns extremista de direita, que se autodenominam bolsonaristas, seguem caminho oposto ao desenhado pelo mandatário do governo federal.
Patrulhamento ideológico é coisa de ditadura - seja de esquerda ou de direita.
Em regime ditatorial quem discorda ou questiona o soberano acaba no cárcere ou em uma cova rasa.
Boicote, como conhecemos sua origem, é um instrumento utilizado para conter o abuso de quem tem o direito de abusar na majoração dos preços de produtos ou serviços. É possível boicotar um político, basta não elegê-lo ou reelegê-lo.
Agora, boicotar a empresa de um simpatizante do candidato A ou B por razão ideológica é o mesmo que espancar a liberdade de opinião, de pensamento e de expressão desse pensamento. E mais: é condenar os colaboradores dessa empresa ao desemprego, a ruína social e a miséria financeira. É exatamente assim que agem os bolsonaristas mais extremistas.
Nas redes sociais, um panfleto virtual pede que produtores rurais deixem de comprar sementes da empresa Petrovina, que está no mercado há 36 anos e é uma das maiores empresas produtoras de semente de soja do Brasil e do mundo. Se a insanidade de celerados fosse levada a sério milhares de empregos dos colaboradores da empresa estariam ameaçados.
A fúria dos bolsonaristas é porque o dono da empresa, Carlos Augustin apoia a candidatura do petista Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República nas eleições de 2022.
No final de janeiro, o produtor rural e outros empresários de Mato Grosso ligados a produção rural estiveram reunidos com o presidenciável Lula. O irmão do empresário, Arno Augustin, foi secretário do tesouro no governo da petista Dilma Roussef.
"Essa gente precisa saber que na política apoio e voto não se conquistam pela força e nem pela violência e sim pelo diálo e pelo convencimento", observa um mebro ajuizado da direita de MT.