Da Redação
O grupo Havan, que pertence ao empresário Luciano Hang, um dos principais apoiadores de Jair Bolsonaro, suspendeu o contrato de trabalho de 11 mil funcionários. Isso equivale à metade dos empregados da empresa, que conta com 22 mil colaboradores. Em nota, a empresa afirmou que "foi uma das primeiras empresas a utilizar a Medida Provisória (MP) 936/2020 que permite a suspensão do contrato de trabalho por até 60 dias".
“Estamos fazendo tudo que é possível para manter os empregos. É primordial que as empresas trabalhem nesse sentindo. Somente assim, conseguiremos atravessar esse período de dificuldades, mantendo os empregos e a renda dos colaboradores”, declarou o proprietário da Havan.
Durante a suspensão do contrato, a empresa paga 30% do salário do funcionário afastado e o governo complementa o restante com 70% do seguro-desemprego.
Pela MP, o valor do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda tem "como base de cálculo o valor mensal do seguro-desemprego a que o empregado teria direito" caso tivesse sido demitido sem justa causa.
Ao aderir aos benefícios da MP, a empresa garante aos funcionários quatro meses de estabilidade, sendo dois da suspensão e mais dois após o vencimento do benefício. Na nota à imprensa, o empresário ainda rebateu acusações de que teria demitido duas mil pessoas. "É mentira. Isso é obra dos sites de esquerda que estão articulados para desestabilizar o Brasil", afirmou. As informações são do Congresso em Foco.
NR: A reportagem conversou com um graduado executivo da Havan de Mato Grosso. Segundo ele, caso a pandemia do coronavírus se estenda por mais tempo, outras medidas de contenção de despesas seriam adotadas. Em caso extremo, lojas menos rentaveis do estado teriam suas atividades suspensas, o que levaria a demissão de trabalhadores. Sobre a loja de Tangará da Serra, o executivo se limitou a dizer que por enquanto ela opera proximo a margem do vermelho, mas que a suspensão de suas atividades ainda não foram cogitadas.