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POLÍTICA Quarta-feira, 20 de Novembro de 2019, 11:20 - A | A

20 de Novembro de 2019, 11h:20 - A | A

POLÍTICA / Ladrão de R$ 100 milhões da saúde

Líder de organização criminosa no AM sofre invertida ao insultar senadora que defende prisão em 2º instancia

EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra



O Congresso continua sendo o abrigo perfeito para trombadinhas, moleques de rua, vigaristas e, em especial, para os expoentes da grande delinquência.  

Atrevidos gângsteres e chefetes de organizações mafiosas se sentem à vontade sob a proteção das conchas côncava e convexa das duas casas legislativas para desafiar o regramento legal e lançar ofensas contra quem combate a corrupção, a impunidade e defende os valores republicanos.

As pautas que a senadora Selma Arruda (Pode) defende desagradam o velho e parte do novo establishment político. Não basta coragem. É preciso ter estatura e autoridade moral para defender proposições como a CPI da Lava Toga e cadeia para condenados em 2º instância.  

É claro, Clóvis, que a senadora contraria interesses políticos e econômicos de poderosas organizações criminosas, via de regra, formadas por narcotraficantes e políticos corruptos – ladrões da pátria. O desapreço dessa gente para com a senadora de Mato Grosso tem uma justificativa do ponto de vista da metafisica do crime: político corrupto tem tanto medo da prisão em 2º instância quanto o capeta da cruz.  

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Nejmi Aziz, esposa do senador e ex-governador do AM Omar Aziz, foi presa em operação da PF de combate a corrupção, lavagem de capital e formação de organização criminosa

Uma dessas criaturas, o senador Omar Aziz (PSD-AM), preocupado com o próprio umbigo, tentou constranger a senadora Selma Arruda, que relata na CCJ do senado a PEC da 2º instância, com uma retórica falsa e vigarista.  

Disse o velhaco senador do Amazonas:  

"Não sei porque esta sua pressa toda. A senhora é uma senadora cassada no seu Estado e se esta PEC estivesse em vigência, a senhora possivelmente não estaria aqui agora”.  

A afirmação de Omar Aziz é um acinte à inteligência mediana das pessoas. Ele mente por má-fé, ignorância, maldade ou por tudo isso misturado.

O artigo 29, do Código Eleitoral (Lei Nº 4.737/1965), diz que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) funciona como 1º instância para candidatos a governador, vice-governador e membros do Congresso Nacional e da Assembleia Legislativa  

Então, para quem não sabe ou finge não saber, Selma Arruda foi condenada, via processo questionável, a perda do mandato na 1º instância da justiça eleitoral. Ela espera, com a mais absoluta tranquilidade, o julgamento do recurso que apresentou na 2º instância, no caso, o TSE.  

Quem é Omar Aziz?   

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Protagonista em diversas operações da Polícia Federal de combate a corrupção no Amazonas, o ex-governador e senador Omar

Aziz é considerado campeão de processos na justiça. Recentemente (19/julho), a PF levou para a cadeia quase toda a família do parlamentar.  

No âmbito da operação que investiga desvios de mais de R$ 100 milhões da saúde pública do Amazonas, foram presos 3 irmãos e até a esposa do senador Aziz, que já se manifestou contra a prisão em 2º instância.

No âmbito da operação Vertex, a Polícia Federal descobriu que Omar Aziz embolsava do Instituto Novos Caminhos (INC), a titulo de proprina, R$ 500 mil por pagamento recebido pelo INC. O pagamento, segundo consta no Relatório da PF, era feito pelo médico e empresário Mouhamad Moustafa, pelo contrato milionário de gestão de três unidades hospitalares do Estado.   

O senador Omar Aziz é apontado ainda pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em denuncia que descansa no STF desde 2017, como chefe de uma máfia que teria sido estruturada para praticar crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.  

Será que essa figura que chafurda na lama fétida e miasmática da corrupção tem moral para constranger a senadora Selma Arruda? A invertida que o rato da floresta amazônica levou foi justa, merecida e necessária.  

Quem aplaudiu a tentativa de Omar Aziz em constranger a senadora Selma Arruda é porque com ele compactua e considera normal que um indivíduo acusado pelo MPF de tungar mais de R$ 100 milhões da saúde pública desfrute da impunidade para provocar quem se dedica ao trabalho de combate a corrupção.  

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