Da Redação
A Bronca Popular
Sonia Conceição da Silva, 48 anos, moradora de Tangará da Serra há quase 20 anos, deu entrada na UPA, na semana retrasada com quadro de infecção no tórax e dor lancinante. Foi consultada, medicada e mandada de volta para sua residência. A dor perseguiu persistente e seu estado geral de saúde evoluiu para o agravamento.
Sonia retornou, na manhã de ontem (segunda/10), a UPA. Foi internada. Aliás, alojada em condições degradantes em uma sala de repouso, onde permanece desde então em cima de uma cadeira. Não existe cama para o descanso de pacientes. “Aqui tem pacientes que estão há três dias ou mais dormindo em cadeiras”, relata.

Sonia contou à reportagem que é hipertensa e diabética. “Preciso tomar 20 miligramas de insulina à noite 30 miligramas pela manhã. Aqui não tem esse medicamento, preciso pedir para alguém trazer de casa”, emendou.
Conceição denuncia que aplicaram soro erra nela. “Pegaram o soro que seria de uma mulher de nome Cleuza, que sofreu acidente, e aplicaram em mim. “Estou muito decepcionada com tudo isso; um sofrimento sem fim. A nossa saúde está um caos”, disse, ressaltando sua indignação com o tratamento recebido na UPA.
A reportagem teve acesso a um vídeo com imagens chocantes. Pacientes amontoados em cima de cadeiras como se estivessem em um hospital de campanha de guerra. Não é preciso buscar a opinião de entendidos para saber que isso fere a dignidade da pessoa humana.
Assista o vídeo: