Da Redação
O papa Francisco celebrou seus 88 anos nesta terça-feira, 17, com uma revelação impressionante: durante sua histórica viagem ao Iraque em 2021, extremistas planejaram assassiná-lo. O relato consta em trechos de sua futura autobiografia, Esperança: A Autobiografia, escrita em parceria com o autor italiano Carlo Musso e divulgada pelo jornal Corriere della Sera. O livro será lançado no próximo mês em mais de 80 países.
A visita de Francisco ao Iraque foi a primeira de um papa ao país, em um momento crítico, com a pandemia da covid-19 ainda em alta e intensas preocupações de segurança. Mossul, uma das cidades visitadas, foi um antigo bastião do Estado Islâmico, que devastou comunidades cristãs na região.
Segundo o pontífice, a inteligência britânica alertou sobre uma mulher com explosivos e um caminhão-bomba a caminho de Mossul durante sua visita. As forças iraquianas intervieram e neutralizaram os terroristas. “Perguntei aos meus seguranças o que aconteceu com os homens-bomba, e eles responderam: ‘Eles já não estão mais aqui’”, recorda Francisco no livro, refletindo sobre as consequências da violência e da guerra.
Apesar dos riscos, a viagem seguiu conforme planejado, destacando-se como uma das mais emocionantes de seu pontificado. De pé entre os escombros de uma igreja destruída, Francisco incentivou os cristãos iraquianos a perdoar e reconstruir suas comunidades.
O lançamento do livro, originalmente previsto para após a morte do papa, ocorre antes do Ano Santo do Vaticano, que será inaugurado na véspera de Natal.
