Da Redação
Folhamax
Na manhã desta terça-feira (08), o Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), deu início a uma operação no município de Colíder, localizado a 650 km de Cuiabá.
A ação tem como objetivo obter provas em uma investigação que mira a Prefeitura do município, administrada pelo prefeito Emerson Lourenço Máximo, conhecido como Maninho (Patriota). O gabinete do gestor foi alvo de busca e apreensão como parte das diligências.
A investigação em andamento foca em possíveis irregularidades relacionadas à aquisição de um imóvel urbano destinado à construção de um conjunto habitacional.
De acordo com informações apuradas pelo Folhamax, a suspeita é de que tenha ocorrido um superfaturamento que ultrapassa a marca de 1.000% no valor da aquisição.
O imóvel, que, alegadamente, deveria custar cerca de R$ 250 mil, teria sido adquirido pela Prefeitura por um montante significativamente maior, atingindo R$ 1,7 milhão.
A operação de busca e apreensão no gabinete da Prefeitura de Colíder foi devidamente autorizada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). A decisão judicial se deu em virtude do prefeito Maninho ter deixado de fornecer informações essenciais relacionadas à desapropriação do referido imóvel.
Nos últimos meses, o Ministério Público vinha requisitando documentos e cópias dos procedimentos ligados à aquisição, porém, esses pedidos foram reiteradamente ignorados pelo gestor.
Ante a resistência em compartilhar os elementos necessários para a investigação, o promotor de Justiça Marcos Regenold Fernandes, coordenador do Naco, tomou a iniciativa de solicitar uma ordem judicial junto ao Tribunal de Justiça.
A medida concedida permitiu a realização da busca e apreensão, visando obter os documentos e as informações cruciais para o desenvolvimento das averiguações.