EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
A Bronca Popular/Reprodução
Fosse o prefeito Fábio Martins Junqueira (MDB) um homem inculto, não do ponto de vista antropológico, mas no sentido popular da expressão e não tivesse domínio com o campo intelectual, sua decisão de fechar a Escola Agrícola Municipal Ulisses Guimaraes seria considerada apenas mais um ato de um gestor apedeuta.
Essa, no entanto, não é a realidade.
Junqueira é professor da rede pública de ensino, foi delegado de educação, tem formação acadêmica e se orgulha de se apresentar como professor universitário.
Deve saber a importância da educação na formação ética, social, teológica e profissional do indivíduo, em especial do filho do trabalhador rural, que geralmente tem reduzida chance de ascensão social.
Escola Agrícola - 35 anos de história!
Amparado em estudo precário do Secretário Municipal de Educação, Gilberto Utzig, o prefeito Fábio Martins Junqueira acaba de promover clamoroso retrocesso na política educacional de Tangará da Serra.
A Escola Agrícola de Tangará da Serra foi construída durante a gestão do então prefeito Antonio Porfirio de Brito, no ano de 1985
Sem debater com pais, estudantes, professores, técnicos e comunidade, o chefe do executivo determinou o fechamento da Escola Agrícola Municipal Ulisses Guimarães. A instituição que tem 35 anos de serviços prestados a educação, a formação técnica de estudantes do campo e da cidade e a parceria com pequenos produtores e órgãos da administração pública municipal e estadual.
A Escola Agrícola de Tangará da Serra foi construída durante a gestão do então prefeito Antonio Porfirio de Brito, no ano de 1985, segundo informa a página eletrônica da Secretaria Municipal de Educação (SME). A ideia “surgiu na comunidade do Pé de Galinha, Aterro, Acampamento, Reserva, Córrego das Pedras e Belo Horizonte”, diz a publicação.
Ainda segundo a publicação da SME, a proposta era oferecer uma escola diferenciada para que os filhos de sitiantes, pequenos e médios produtores, pudessem estudar em uma escola que atendesse suas necessidades sociais e estivesse voltada para realidade da comunidade onde estavam inseridos.
Atualmente, a clientela da unidade de ensino é formada por estudantes tanto da zona rural, quanto de bairros periféricos da cidade. Por funcionar em período integral, a escola garante alimentação aos estudantes, tranquilidade aos pais e desenvolve atividades pedagógicas diferenciadas.
Foto: SME
O site apurou que Junqueira e Utzig decidiram acabar com o transporte de estudantes da cidade para a escola agrícola.
É fato que a lei obriga o município a garantir o transporte de estudantes da zona rural para a cidade. Mas não proíbe o percurso inverso.
Os gestores da educação argumentam ainda que a clientela da escola agrícola será drasticamente reduzida, o que não justificaria os gastos com o funcionamento da unidade de ensino.
O dinheiro do FUNDEB não é repassado ao município com base em número de escola e sim proporcional ao quantitativo de alunos matriculados na rede.
Segundo uma fonte, Gilmar Utzig já teria repassado o patrimônio da escola para a Secretaria de Agricultura, que é gerida pelo petista Ander Santos.
“Área de terras tratores, vacas leiteiras, insumos e maquinários já foram ou estão sendo transferidos para a secretaria de agricultura”, afirmou
Nota da redação – devido a importância desse tema e o impacto que vai causar na vida de muita gente, o site vai ouvir vereadores, pais de estudantes, lideranças comunitárias e especialistas em educação.
O fechamento da Escola Agrícola Municipal de Tangará da Serra representa um duro golpe e um retrocesso inaceitável na educação pública do município.
Tatielly Mayara 05/01/2020
Nessa situação a população também tem que ser ouvida pois ele esta na gestão por muita gente que voltou nele, na minha opinião isso é uma falta de consideração com a população e com as pessoas que faziam bom uso da escola, te desejo uma decadência linda Fábio Junqueira.
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