Da Redação
Fazendeiros e empresários ligados ao agronegócio em Sinop exigiram o fechamento dos estabelecimentos comerciais da cidade em protesto ao resultado das eleições presidenciais do último dia 30 de outubro, que consagrou a vitória de Lula e a derrota do presidente Jair Bolsonaro.
A suspensão das atividades comerciais seria também uma resposta ao que eles consideram abusos do judiciário, em especial do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que ordenou o bloqueio de contas bancárias de supostos financiadores de atos antidemocráticos.
Reservadamente, empresários de Sinop alegam que estão sendo obrigados a aderir ao movimento.
“Quem não fechar seu comércio entra na lista de boicote. Para não correr esse risco e amargar prejuízo ainda maior, vamos fechar nossa loja, perder vendas, manter os custos fixos e deixar os boletos vencer”, reclamou um comerciante.
Para se prevenir a eventual sansão pelos órgãos de defesa do consumidor, diversos comerciantes já teriam encaminhado justificativa prévia ao Ministério Público Estadual (MPE), segundo contou um advogado à reportagem.
Em Juína, no inicio do mês, o comércio fechou as portas em apoio às manifestações de bloqueios de estradas. Ruralistas e empresários da cidade se mobilizaram contra a eleição de Lula e por pedido de intervenção militar.
O promotor de Justiça da comarca, Marcelo Linhares, em entrevista à imprensa destacou que o direito de expressão, de protestar contra o que quiser é sagrado.
Linhares ressaltou, no entanto, que o fechamento de comércio, atividades essenciais, causa grave dano a sociedade e o MPE vai pedir ao judiciário a aplicação de multas pesadas.
Tangará da Serra
Parte dos comerciantes de Tangará da Serra também deve fechar seus estabelecimentos comerciais para não correr o risco de cair na lista do boicote. “Estamos entre a cruz e a espada, não temos escolha”, afirmou um comerciante, sob a condição de anonimato.
A Acits deve ser manifestar ainda hoje sobre a situação. O CDL também deve se posicionar.
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