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POLÍTICA Segunda-feira, 06 de Abril de 2020, 23:20 - A | A

06 de Abril de 2020, 23h:20 - A | A

POLÍTICA / PREFEITO DE ARIPUANÃ

‘Sou honesto’, esbraveja Canarinho e dispara: ‘fui afastado por perseguição de uma organização criminosa’

EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra



O prefeito de Aripuanã, Jonas Canarinho (PSL), continua com o gordo salário de prefeito, mas sem os poderes inerentes ao cargo. Na sessão plenária, desta segunda-feira, os vereadores afastaram Canarinho de suas funções pelo prazo de 90 dias. Até lá as investigações avançam. Ao final do processo, se comprovadas as denúncias que pesam contra o gestor, ele pode perder o cargo em definitivo.  

Canarinho é um bom mistificador. Sabe mentir, gosta de mentir e mente compulsivamente. Sua defesa não poderia ser lastrada em outra coisa senão na mentira. Apesar da penca de processos que responde, inclusive por peculato, teve a pachorra de empinar o nariz e, a exemplo de Lula, dizer à imprensa e alardear nas redes sociais que é “honesto” - talvez a alma mais honesta de Aripuanã.  

Entrevistado pelo repórter Otávio Alves, da TV Correio de MT, afirmou que foi “afastado com base em denúncia sem fundamento”. Argumentou que “não teve direito de defesa”, que se considera “vítima de perseguição política” e anunciou que já acionou seus advogados para reverter na justiça a decisão da Câmara de Vereadores. O gestor afastado foi além e disse que “sofre uma perseguição orquestrada pela Câmara de Vereadores”, que ele considera “uma organização criminosa que pretende pegar o poder público municipal”.            

Na entrevista a TVCMT, Jonas Canarinho não enfrenta, não questiona e nem faz referência aos inúmeras acusações que pesam sobre seu cangote. A estratégia dele é um repeteco desbotado da defesa adotada pelos cervos de Lula e Dilma quando pilhados pela força tarefa da Lava Jato em atos de traquinagem contra a administração pública. Os ratos da Petrobras se diziam vítimas de delatores; Canarinho alega ser vítima de vereadores. O vitimismo como defesa!  

Na mesma entrevista, Canarinho apresenta um argumento ainda mais canhestro para sustentar que seu afastamento da prefeitura teria sido um ato indevido, ilegal e esdrúxulo praticado pelos vereadores.

Canarinho tenta se grudar no desenvolvimento econômico do município, na situação difícil porque o país passa e até na pandemia do coronavírus para não ser apeado do cargo. Nada disso garante salvo-conduto para gestor algum praticar atos atentatórios a probidade administrativa e burlar impunemente as leis.

Assista o vídeo:

  

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