Da Redação
A prisão em flagrante do empresário Olair Correia, ocorrida no dia 21 de novembro, foi convertida em preventiva pela justiça federal. Pesa contra o bolsonarista defensor de intervenção militar a acusação de atear fogo em caminhões na BR- 163, em Sinop e também contra a base operacional da Rota do Oeste, em Lucas do Rio Verde.
A defesa de Olair tentou desconstruir o flagrante convertido em prisão preventiva. O advogado Akio Gustavo Maluf que seu cliente foi torturado por policiais militares e que ele não seria o autor dos crimes descritos no flagrante.
Irresignado com o decreto de prisão preventiva de Olair e de seu comparsa Danilo José Ribeiro de Souza, o jurista Gustavo Maluf tentou um Habeas Corpus (HC) junto ao Tribuna Regional Federal da 1º Região (TRF-1).
O desembargador Federal e relator do caso, César Jatahy, não acolheu os argumentos da defesa e manteve Olair e Danilo na cadeia.
Escreveu o magistrado:
"Demonstra a existência da prova de materialidade do crime e a presença de indícios suficientes da autoria. Os crimes praticados ocorreram dentro de contestação do resultado democrático das eleições presenciais, havendo persistentes indícios de que ele participava ativamente dos movimentos considerados antidemocráticos. Tais circunstâncias revelam conduta premeditada, organizada e com nítida escala de violência", diz a decisão.
O relator cita ainda que no momento em que o suspeito foi preso, ele possuía nove galões de gasolina, quatro facas e facões, quatro isqueiros, duas sacolas com estopas e um estilingue, além de portar uma arma de fogo.