Nas Assembleias Legislativas dos estados e nas Câmaras de Vereadores dos municípios ainda prevalece uma prática que configura verdadeiro ludibrio ao eleitor.
Trata-se do expediente das chamadas indicações.
Por meio desse instrumento, deputados e vereadores apresentam indicações geralmente para construir obras ou ampliar a prestação de determinado serviço.
Esses parlamentares sabem que indicação e nada é a mesma coisa, mas é uma forma de mostrar ao eleitor suposta preocupação com as demandas da sociedade.
Esses mesmos parlamentares afoitos na produção de indicações se omitem durante a votação da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), não brigam por rubrica especifica para nenhuma obra de interesse de sua base eleitoral e depois berram nos celulares cobrando isso e aquilo.
A pergunta óbvia: o Governo do Estado ou a Prefeitura tem orçamento trabalhado pelo parlamentar para atender tal indicação?
Para quem não sabe, indicação de vereador ou deputado tem o mesmo significado, importância e o destino de ofício ou abaixo assinado feito por moradores ou lideranças comunitárias: a gaveta do governante.
Em resumo: fazer indicação sem previsão orçamentária é o mesmo que mandar carta para desconhecido.
O expediente tem lá sua importância, mas, via de regra, é utilizado para enganar o eleitor menos esclarecido.