A candidata ao governo pela federação de esquerda, Márcia Pinheiro, segue ladeira abaixo. Seu nome enfrenta forte rejeição em Cuiabá, onde encolheu 12 pontos em 10 dias. Já seu oponente, o governador Mauro Mendes (UB) avançou 12 pontos e segue lider absoluto na corrida ao Paiaguás, com chance graúda de liquidar a fatura já no primeiro turno.
Os dados são da mais recente pesquisa Ipec (ex-Ibope), divulgada na última quinta-feira (15.
Segundo a pesquisa, Mendes tem 57% das intenções de votos (ele tinha 47% no levantamento anterior, divulgado no dia 31 de agosto). Márcia tem 19% na Capital (na pesquisa anterior, ela tinha 31%). Um tombo de 12 pontos.
A queda de Márcia nas pesquisas tem algumas explicações óvias.
A Márcia que sobe em carroceria de caminhonete, acena para o povo e defende um tal projeto gente é apenas uma personagem em fase de construção por algum marqueteiro. Não é a boa samaritana e muito menos a vestal da moralidade que se apresenta ao eleitorado. Ela foi alvo da Operação Capistrum e, por força de determinação judicial, está proibida de entrar no prédio da prefeitura de Cuiabá. Sequer pode visita o esposo em seu local de trabalho.
Um fato exógeno ajuda entender a rejeição de Márcia e sua colossal queda nas pesquisas.
A candidata de esquerda foi contaminada pelo desgaste de seu próprio esposo, Emanuel Pinheiro e teve sua imagem lambuzada pelo senador Carlos Fávaro, o Trairão do Pantanal e pelo deputado cassado Neri Gueller. Acresce a isso seu despreparo, desconhecimento da realidade de Mato Grosso e distanciamento dos principais problemas que afetam a todos.
A pesquisa Ipec causou tremor de alta magnitude na coordenação da frente de esquerda. Houvesse tempo hábil, Márcia seria substituida por um nome mais leve. Fontes junto a federação PT, PCdoB e PV responsabilizam Emanuel Pinheiro pelo desastre de Márcia nas pesquias. "Ele atua como poita e faz a candidata afundar. A direção da Federação Brasil Esperança não pode fazer nada para reverter a situação. Márcia é esposa do Emanuel; Marcia é a candidata de Emanuel. Então, Emanuel que se vire. Márcia é problema dele", confidenciou a coluna um petista histórico.
Neste levantamento mais recente, o Pastor Marcos Ritela (PTB), aparece com 2%, e Moizes Franz (PSol) com 1% em Cuiabá.
Brancos e nulos somam 11% e não souberam ou não responderam 10%.
O Ipec ouviu 800 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro em 33 municípios do Estado. Destas 143 eram da Capital.
A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando o nível de confiança de 95%.
A pesquisa foi encomendada pela TV Centro América e registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número MT-07150/2022.