Da Redação
Blog Edição MT
Não existe movimento de caminhoneiros contra o resultado da última eleição presidencial. O comboio de cavalos de carretas, sem o semirreboque, que chegou a Cuiabá, neste sábado, pertence a ruralistas ou a grandes empesas ligadas ao agronegócio. Essa informação, de domínio das forças de segurança, já foi repassada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) ao ministro Alexandre de Morais, do STF, segundo apurou este blog.
A apuração constatou ainda que os caminhoneiros são funcionários que cumprem ordem de seus empregadores. "Eu gostaria de estar em casa com minha familia ou trabalhando porque ganho por produtividade, mas estou aqui na manifestação, ainda bem que estou sendo pago por isso", contou um motorista de Sorriso, que trabalha em uma fazenda de cultivo de soja. "Se meu patrão sonhar que algum trabalhador da fazenda votou no Lula é perigoso ele se infartar, tamanha a devoção dele para com o presidente Bolsonaro", explicou.
Baseado nas informações levantadas pelas forças de segurança, os togados do STF sabem que os barões e tubarões do agromegócio de Mato Grosso e de outras regiões do pais estão se escondendo atrás de suposta manifestação espontânea de caminhoneiros para questionar o resultado da eleição, defender intervenção federal, tentar solapar a democrácia e fragilizar as instituições republicanas.
As manifestações são articuladas e financiadas pela elite agrária do país e grandes empresários insatisfeitos com a eleição de Lula.
O movimento golpista está fadado ao fracaso. Aliás, já nasceu morto e foi desmoralizado pelo próprio presidente Jair Bolsonaro e seu entorno. Bolsonaro pediu o fim dos bloqueios de estradas, recebeu o vice de Lula e garantiu fazer uma transição nos moldes da civilização.
A base de Bolsonaro na Câmara e no Senado já está preparada para recepcionar e apoiar o governo do petista, que começa em 1º de janeiro de 2023. As Forças Armadas já deixaram claro que a posse de Lula será garantida.
Até aqui, nem Bolsonaro, nem seus ministros, seu partido, o PL, e nem o guarda da esquina foi capaz de apresentar o menor indício de fraude eleitoral. Ontem, a militância bolsonarista festejou uma fake news de um argentino amigo do deputado Eduardo Bolsonaro, segundo a qual, urnas antigas não teriam sido periciadas. A mentira foi imediatamente desconstruida e o argentino se recolheu a sua insignificância.
O pedido de intervenção federal é tão absurdo que ninguém leva a sério tamanha sandice. Apoiar tal atitude seria condescender com o crime, com o atentado as intituições democráticas e com o desprezo a soberania do voto. Os inconformados com o resultado das urnas tem quatro anos para fazer campanha, quem sabe em 2026 terão melhor sorte. No mais, é preciso respeitar 60 milhões de votos. Assim é nas democracias!