Da Redação
Blog Edição MT
O senador Carlos Fávaro (PSD), recém-convertido ao demiurgo decadente de Garanhuns, declarou à imprensa que a cassação pelo TSE do mandato do deputado federal Neri Gueller, que é candidato ao senado, teria sido influenciada pelo Planalto, em clara alusão ao presidente Jair Bolsonaro. Ele classificou a decisão da Corte Eleitoral como sendo resultante de perseguição política.
E de perseguição política Fávaro entende. Ah, como entende! Foi justamente por meio da mais brutal e insidiosa perseguição política que ele chegou ao senado. O processo movido contra a ex-senadora Selma Arruda e a forma célere, quase The Flash, com que tramitou é um capitulo obscuro da política de Mato Grosso.
Aquela liminar concedida pelo ministro do STF, Dias Toffoli, determinando a presidência do Senado a dar posse ao terceiro colocado na disputa eleitoral, mesmo sem previsão legal, pode ser classificada como a síntese da perseguição política, que culminou na usurpação do mandato de Arruda.
A senadora Selma Arruda teve seu mandato esbulhado, caiu sem direito a defesa. Ela foi esmagada pela força opressora de Fávaro e do poder econômico que o assistia, via Eraí Maggi e outros barões do agro.
A mesma justiça eleitoral que foi rápida em condenar Selma demorou quatro anos para finalizar o processo de Neri Gueller. Fávaro ainda tem a pachorra de falar em perseguição política por parte do chefe do Executivo federal na decisão unanime do TSE. Cara vermelha nunca fica pálida!