Edésio Adorno
Tangará da Serra
Combater valas infectas, canalizar esgoto que corre à céu aberto e investir massivamente em saneamento básico é o primeiro passo na preservação da saúde e do bem-estar da população. Disso todo político ou gestor público sabe ou deveria saber. Infelizmente, em Tangará da Serra existem quilometro de tubulação enterrada sem interligação nas residências. Resultado: a cidade está cheia de fossas sépticas.
Nesse período de chuva as fossas transbordam e a mercadoria desliza sobre o asfato esburacado, estaciona em poças e exala aquele ador insuportável por ruas e avenidas. Seria o caso de dizer que muito bairros estão fétidos.
Uma moradora do bairro Jardim Paulista enviou à redação uma foto e um texto para denunciar a situação e cobrar providências por parte da prefeitura e do Samae. A mulher, que prefere não ter seu nome revelado, escreveu:
"Moro no jardim Paulista, em Tangará da Serra. Não sei como vocês (da Bronca Popular) podem nos ajudar. Estamos com um problema muito séria ali naquele local com vazamento de fossas na rua. Já foi detectado a causa: o bairro possue mina d'água. Eu tenho que mandar esvaziar minha fossa de 15 em 15 dias. Se for ver a situação toda semana. Cada vez que limpamos pagamos 300 reais e não temos condições. Não temos rede de esgoto, precisamos de uma solução".
Mal sabe a moradora do Jardim Paulista que essa mesma e fétida situação se repete em muitos outros bairros de Tangará da Serra, a quinta maior cidade de Mato Grosso.
O outro lado
Nossa reportagem entrou em contato com o diretor do Samae, Heliton Luiz de Oliveira, o Leto, que foi categórico ao afirmar que também mora no Jardim Paulista, reconhece a existência do problema, que não pode fazer nada a curto prazo. Ele lembrou que a gestão passada perdeu mais de R$ 10 milhões do PAC. "Estamos tentnado recupera esse dinheiro, se a gente conseguir, os bairros daquela região serão contemplados com a rede de esgoto". Questionado se o Samae não poderia disponibilizar um caminhão para esvaziar as fossas sépticas, Leto explicou que a Autarquia Municipal dispõe de apenas um caminhão que poderia executar esse tipo de serviço.
