EDÉSIO ADORNO
Cuiabá
A situação jurídica da prefeita de Torixoréu, Inês Coelho, só não é pior que a de seu marido, Odoni Mesquita, que responde na justiça a uma penca de processos ‘por besteiras’ que vão de peculato (subtração ou desvio de dinheiro público), manipulação de licitação, superfaturamento em obras públicas e até formação de quadrilha.
O calcanhar de Aquiles de Inês é com relação a legislação eleitoral. Será ou não candidata à reeleição. O X da questão é saber se poderá enfrentar as urnas novamente. Ela sucedeu o vice de seu marido, que teve o mandato cassado pelos vereadores. Entendidos em direito eleitoral sustentam que madame Inês estaria inelegível.
Nos bastidores, o combinado era manter o atual vice Ademilson Pereira de Queiroz como plano B. Pilhado pela polícia e denunciado pelo MPE pelo crime de falsidade ideológica em esquema de furto de gado, Ademilson caiu em desgraça e teria atraído o olhar de desprezo de pecuaristas da região. A participação do vice no esquema consistia em esquentar GTA, a famosa Guia de Transporte de Animal.
Se a hipotética candidatura à reeleição da prefeita Inês Coelho for barrada pela justiça eleitoral e, na impossibilidade de lançar seu vice na peleia, resta a Odoni, que é ficha suja, garimpar no meio político alguém que tenha coragem de ser seu preposto na prefeitura de Torixoréu.