Empresa que opera centro cirúrgico de Tangará da Serra mantém contrato milionário com Paranaíta

A empresa LGI Médicos Ltda, que foi alvo de operação policial no último dia 24 e sofreu medida cautelar de sequestro de valores e bens no importe de R$ 35 milhões para ressarcir suposto dano ao erário público, pertence ao médico Luiz Gustavo Castilho Ivoglo.  

A LGI presta serviço cirúrgico, desde 2021, no Hospital Municipal de Paranaíta. O contrato de prestação de serviços médicos teria sido celebrado pela secretária de Saúde, Andréia Fabiana Reis, com as bênçãos de um poderoso figurão ligado a saúde pública em Mato Grosso.  

Denuncia encaminhada à redação deste site levanta a suspeita de que Fabiana teria criado a façanha de “vender os serviços cirúrgicos do SUS com a promessa de acabar com a fila de cirurgias eletivas existe na cidade e região”, diz a fonte e acrescenta: “Fabiana legalizou o ilegalizável, recorreu a brechas fictícias e induziu a Câmara de Vereadores a aprovar tal fantasia junto ao prefeito Osmar Moreira, onde cada procedimento cirúrgico tem custo aproximado de R$ 18 mil”.  

Ainda segundo a denuncia, os municípios vizinhos desesperados pela ineficiência do Hospital Regional de Alta Floresta, que não conseguia realizar as cirurgias eletivas contratadas pela mesma empresa de Luiz Gustavo, acabaram por aceitar tamanho absurdo. A fonte destaca abismal coincidência ao pontuar que os serviços de cirurgia nas cidades de Nova Canaã, Alta Floresta, Carlinda, Apiacás, Nova Monte Verde e Nova Bandeirantes, assinaram contrato para a compra de cirurgias que já são pagas pela secretaria estadual de Saúde por R$ 1 milhão/mês e que para acessar esses procedimentos cirúrgicos precisam pagar R$ 100 mil para ter direito a seis cirurgias eletivas por semana.  

“Somando o repasse da SES mais a cobrança aos demais municípios, cada cirurgia sai a um custo médio de R$ 18 mil”, conclui a fonte, alertando que esse suposto acordão da cirurgia precisa ser destrinçado pelos órgãos de fiscalização e de controle externo.