Assédio sexual em escolas de Aripuanã preocupam pais e exigem resposta das autoridades

Foto: Tiago Ghizoni/ NSC

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Da Redação
A Bronca Popular

Uma moradora de Aripuanã entrou em contato com a redação deste site para, segundo suas palavras e sob a mais absoluta condição de anominato, denunciar que casos de assédio sexual se repetem com frenquência em escolas do município, tanto na rede estadual quanto municipal. Ela contou que recentemente um professor, cujo nome será preservado para não atrapalhar as investigações, teria mostrado no celular fotos de mulheres peladas a uma criança de 12 anos. "Um caso revoltante de assédio sexual", diz a mulher.

Ainda de acordo com o relato da mulher, os assediadores mandam mensagens pelas redes sociais, dizem pretender 'ficar' com as adolescentes. "Há situação também em que professor passava a mão nos corpos das meninas ou no cabelo a pretexto de elogios, com o emprego de expressões tipo 'gatinha, meu amor'. Essas falas causaram constrangimento as adolescentes dentro de um ambiente escolar", afirmou.

Os casos de suposto assédio sexual teriam ocorridos nas escolas Milagrosa, do Lontra, José Ary da Costa e Dom Franco, no distrito de Conselvan. Nas escolas Jari Edgar Zambiasi  e Elidio Marcello Filho, em Aripuanã, também teriam ocorrido casos de constrangimento ou de assédio sexual.

A fonte deste site afirma que a Prefeitura de Aripuanã teria instaurado procedimento administrativo para investigar a conduta dos professores da rede municipal apontados como suspeitos. "Existe inquérito por parte da delegacia de polícia, mas a sociedade cobra resposta sobre a conduta deses professores", enfatiza a mulher, que teme que assediadores possam ficar impune.

Ainda de acordo com o relato da mulher, apenas em uma unidade de ensino teriam sido registrados cinco casos envolvendo um único professor. "Não se trata de uma denúncia isolada. Cinco adolescentes denunciaram o mesmo professor. No geral, já são mais de 10 estudantes que se sentiram constrangidas, importunadas e assediadas sexualmente", concluiu.

Nota da redação 

É oportuno destacar que os casos de assédio estariam sendo praticados por elementos que não refletem a cultura, o zelo e a dedicação da quase totalidade dos educadores das redes estadual e municipal de ensino. O ambiente escolar de Aripuanã continua sendo seguro e jamais será contaminado por atitudes isoladas de pessoas sem compromisso com a educação e com o respeito a dignidade da pessoa humana. 

O outro lado - por envolver crianças e adolescentes, o caso é tratado em sigilo. Em razão disso, a prefeita Seluir Peixer não pode se manifestar, mas adianta que todas as denúncias são investigadas administrativamente com rigor e seriedade. Na área criminal, as investigações são da alçada da Polícia Judiciária Civil e do Ministério Público.