Da Redação
A Bronca Popular
Investigadores da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) buscam esclarecer os disparos de arma de fogo contra um imóvel alugado pelo delegado e pré-candidato a prefeito de Brasnorte, Eric Fantin.
Um homem em uma motocicleta, cuja identidade ainda não foi revelada, passou em frente ao imóvel, retornou e efetuou vários disparos na vidraça da casa, que também funciona como escritório.
No momento, Fantin não se encontrava no local, mas imediatamente usou suas redes sociais para denunciar o atentado e sugeriu uma motivação política.
O incidente ocorreu por volta da meia-noite do dia 19 de junho.
Na cidade, muitos desconfiam do suposto atentado, acreditando na hipótese de uma possível armação do próprio delegado para causar comoção e alavancar sua pré-candidatura a prefeito.
Nesta segunda-feira, um fato ganhou ampla repercussão nos grupos de WhatsApp de Brasnorte.

O delegado Eric Fantin postou a foto de um homem em sua conta no Instagram, com a legenda: “Esse indivíduo, nome Jonas, está se identificando como policial civil lotado na inteligência da PJC e atrapalhando as investigações sobre o atentado em minha residência eleitoral. Visto por último na quinta-feira em Brasnorte. Qualquer informação sobre o paradeiro dele, me informem por gentileza”. Em seguida, Eric apagou a publicação.
Sobre o fato, um experiente policial civil, com destacada atuação na elucidação de crimes complexos, falou com a reportagem sob a condição de anonimato.
Segundo ele, Eric está lotado na delegacia de Juara, portanto, sem jurisdição sobre Brasnorte. Eric Fantin não preside o inquérito que investiga o suposto atentado contra ele próprio.
Ainda segundo esse policial, Eric pode ter descoberto que Jonas de fato seria da inteligência da PJC e estaria próximo de revelar o mistério do suposto atentado. “Expor a identidade de Jonas, considerando que ele seja policial, pode ser uma estratégia para retardar as investigações”, afirmou.
O policial avalia que o procedimento padrão a ser adotado pelo delegado Eric Fantin seria comunicar ao delegado da GCCO ou, considerando que Jonas é estranho à corporação e estaria se fazendo passar por policial civil, ao delegado de Brasnorte para as providências cabíveis. “Expor a imagem, citar o nome e ainda pedir para a população informar seu paradeiro pode ser mais um passo em falso do delegado Eric Fantin”, concluiu.