Quarta-feira, 23 de Abril de 2025

POLÍCIA Sábado, 04 de Março de 2023, 22:46 - A | A

04 de Março de 2023, 22h:46 - A | A

POLÍCIA / ABUSO DE AUTORIDADE

Policial Penal feminina denuncia tortura e assédio durante curso

Da Redação
A Bronca Popular



Em um áudio compartilhado em grupos de Whatsapp, uma policial penal, cujo nome será preservado, sob lágrimas, faz um dramático relato de abuso, importunação sexual, perseguição e tornura contra quatro coordenadores do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) de tortura durante o Curso de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário (CIRRC-MT).

A origem de toda a cadeia de sofrimento, vergonha, humilhação e dor, a profissional revela que tudo começou com atos de importunação sexual.

A mulher conseguiu escapar das investidas de um superior hierárquico, mas não teve como se livrar dos atos de perseguição e de tentativa de silenciar sua voz.

Diz a policial penal:

- (...) eu fui gazer o curso GIR e eu registrei um boletim de ocorrência contra o (omissis) que é lá da gerência, por importunação sexual porque ele já havia passado a mão em mim, em meu corpo e eu fiquei quieta. Outra vez, ele tinha ido me espionar a tomar banho no banheiro e eu fiquei quieta. Aí, outra vez, por último, ele foi na janela, abriu a janela para espionar a gente trocar de roupa pelada. Ele fez comigo, fez com todas as seis lá da base. Elas foram coagidas para não falar a verdade para o (omissis). Me torturam na noite passada, colocaram venda nos meus olhos e falaram que seu tinha registrado boletim de ocorrência contra o (omissis) porque eu estava querendo ver ele preso. Bateram no meu rosto, queimaram meu rosto com gás o tempo todo -, denuncia a mulher.

Entre soluções e com a voz embargada, a profissional prossegue seu relato.

- Essa gravação é para poder servir de testemunha (inaudível) me torturaram o tempo todo, me jogaram gás no meu rosto o tempo todo. Me jogaram espuma, meu corpo inteiro, queimaram meu rosto, a minha boca, porque eu registrei (BO). Eu não sou criminosa, sou a vitima, fui ameaçada pelo (omissis), se eu tivesse registrado boletim de ocorrência ele me colocaria à disposição da base -, concluiu.

Repercussão na imprensa

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No Folhamax, o resumo dos fatos e, ao fina da matéria, uma nota da SESP informa que o curso foi suspenso e que inquérito policial e procedimentos administrativos foram abertos para investigar os suspeitos.

Uma policial penal, de identidade não revelada, denunciou quatro coordenadores do curso de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário, da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp) por tortura.  

O caso de tortura teria ocorrido após a mulher ter denunciado outro agente de segurança por importunação sexual. O curso, que era aplicado pelo Grupo de Intervenção Rápida (GIR), está suspenso e o caso é investigado pela Polícia Civil.  

De acordo com o boletim de ocorrência, registrado na última sexta-feira (3), a vítima conta que o edital do curso permitia que as agentes femininas poderiam fazer o exercício de flexão utilizando o joelho.  

No entanto, ao fazer o exercício, um dos coordenadores teria pisado em suas mãos e dizia que lá não era lugar dela, mas sim na cozinha "lavando vasilha".  

Em seguida, ela narra que durante as instruções sobre gás lacrimogênio, os suspeitos jogavam diretamente o gás nos olhos e na boca dela. Além disso, jogaram o artefato nela e em um colega quando estavam em uma barraca.  

Outro episódio, conforme o relato da vítima, foi quando ela foi levada a uma sala escura pelos suspeitos, que tiraram a balaclava e o gorro que a mesma usava e apontaram a lanterna em seus olhos, a questionando sobre a denúncia que ela fez sobre outro colega de farda sobre assédio sexual.  

O caso em questão é uma ocorrência registrada contra outro policial penal na Penitenciária Central do Estado (PCE).  

Na ocasião, a vítima teria ido tomar banho e percebeu que estava sendo vigiada. Assustada, ela correu e pediu socorro a outros agentes que estavam no local.  

No entanto, o suspeito não foi localizado. Por ter registrado o boletim de ocorrência, a vítima acredita que foi alvo de perseguição dos outros agentes, que ainda durante a aplicação do treinamento, colocaram ela e outros alunos em um carro e seguiram para Rondonópolis quando a pressionaram de novo para que ela desistisse do curso.  

Após nova negativa, os suspeitos então teriam lançado gás de pimenta em seu rosto e, com o braço dela, bateram o sino. Em seguida, a mulher foi colocada em uma viatura, mas no trajeto, temendo pela vida, pulou do veículo. Após o caso vir à tona, o Governo de Mato Grosso suspendeu o curso e abriu um inquérito para apurar os fatos.  

Dois envolvidos já foram ouvidos.  

"A Secretaria de Estado Segurança Pública (Sesp) esclarece que já determinou a imediata suspensão do curso do Grupo de Intervenção Rápida em Recinto Carcerário da Polícia Penal e que irá instaurar procedimento administrativo para apurar a denúncia”, diz a nota.

 

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Destaque. 06/03/2023

Venho aqui desmentir essa matéria sobre assédio em curso e tortura..Sobre a situação do suposto assédio foi em novembro de 2022 e foram tomadas as medidas cabíveis. Sobre o curso os alunos e alunas são categoricos em dizer, Não houve tortura é sim ambientação de gás e esforço físico registrado no manual do aluno desenvolvido pela a escola penitenciária, projeto pedagógico e plano de segurança. Quanto ao curso a policial penal não estava preparada fisicamente e mentalmente para a forja. Quanto ao assédio ela mesmo no boletim de ocorrência não diz quem é o suspeito.

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