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POLÍTICA Quarta-feira, 02 de Novembro de 2022, 12:49 - A | A

02 de Novembro de 2022, 12h:49 - A | A

POLÍTICA / TÁTICA NAZISTA

Bolsonaristas criam lista de boicote a empresas e eleitores de Lula em Tangará da Serra

Da Redação
A Bronca Popular



O mundo ainda recorda com perplexidade e espanto os horrores do nazismo causados pela matança indiscriminada de judeus nos campos de concentração Auschwitz.  

Antes do massacre em massa de judeus motivada pelo antissemitismo, outra prática igual ignóbil, nefasta, foi exercida com força pelos adeptos do regime nazista. Os nacional-socialistas colocaram em ação a política do Judenboykott (boicote).  

Os nazistas promoveram intensamente o boicote de lojas judaicas, lojas de departamento, bancos, consultórios médicos, escritórios de advogados e jornais independentes. O objetivo era sufocar e expulsar judeus alemães.  

Em Tangará da Serra, cidade próspera, acolhedora, diversa e de beleza singular, algo semelha está acontecendo. Um grupo de bolsonaristas inconformados com a eleição de Lula, que foi derrotado na cidade, resolveu deflagrar implacável caçada as bruxas.  

Uma lista negra com nomes de supostos eleitores do petista e de empresas suspeitas de apoiar Lula foi preparada e está sendo compartilhada em grupos de Whatsapp de extremistas de direita.  

A reportagem teve acesso a conversas de alguns membros do grupo TGA 4 Brasil.

Em tese, o objetivo de grupo seria compartilhar informações sobre os bloqueios bolsonarista de rodovias e de articular apoio logístico aos caminhoneiros. Mas está se prestando a outro papel nada conziente com a filosofia do cristianismo.

Boicote

Um ativista de direita, cujo nome será preservado, é apontado por membros do grupo TGA 4 Brasil, ouvidos pela reportagem, sob a mais absoluta confidencialidade, como um dos organizadores do boicote a quem hipoteticamente não teria votado em Bolsonaro. Na lista negra de suspeitos de favorecimento ao petista Lula estão profissionais liberais, pequenos comerciantes e até simples eleitores.  

Este site também está na lista negra.

“Boicote total a esse jornaleco”, recomendou o bolsonarista. Uma mulher completou: “Essa página está sendo escrota”.

O apresentar de TV, Ratinho, chamou de imbecil quem está fechando rodovias.

O jornalista e apresentador Paulo Mathias, do Morning Show, da Jovem Pan News, criticou duramente os caminhoneiros golpistas que estão bloqueando rodovias Brasil afora. Aliado de Bolsonaro e crítico ardente de Lula, o apresentador disparou:

“É inadmissível a gente chamar essas pessoas que estão nas ruas de trabalhadoras. Trabalhador sou eu, são as pessoas que estão nos ouvindo, que estão ralando todo dia. Não essa gente que tá atrapalhando a vida de todo mundo. Vão pro inferno vocês que tão aí fazendo arruaça, vão pro inferno, bando de vagabundo”. A pergunta: Ratinho e Paulo Mathias serão boicotados?

No final da tarde de segunda-feira, uma pessoa, visivelmente transtornada, entrou em contato com a redação para denunciar que teme ser vitima de assédio político e ter sua vida arruinada.

“Estão criando uma lista das empresas que é a favor do Lula. Lista negra para avacalhar as empresas. Parece que uns ricassos estão procurando as empresas que votou no Lula”, escreveu. A redação preservou a originalidade do texto.  

A fonte da reportagem, cujo nome não será divulgado por questão de segurança, enviou o print de uma conversa que teve no Whatsapp com outra pessoa. “Parece que está sendo feito um levantamento de estabelecimentos comerciais favoráveis ao PT. E parece que a intenção disso é cancelar essas empresas”, reportou. “Isso que eles chamam de democracia?”, questiona o interlocutor da fonte  

Caça as bruxas, Judenboykott nazista, assédio político, boicote, cancelamento. Seja lá que nome tenha essa prática, ela precisa ser combatida com firmeza pelas autoridades.

Tangará da Serra é o resultado do trabalho, dos esforços e da dedicação de sua gente, de toda a sua brava gente.   Cada municípe, cada cidadão, é livre para professar o credo que quiser, torcer pelo time de sua preferência e votar no candidato que entender o melhor em sua concepção. E ninguem, ninguém mesmo, tem o direito de praticar assédio, persequir ou discriminar o eleitor por ter votado contra o candidato de sua preferência.

O sectarismo político e o patrulhamento ideológico são coisas de regimes autoritários, de ditaduras. Isso não combina com o discurso de defesa da liberdade de expressão, liberdade econômica, liberdade de culto e de respeito aos primados da Constituição Federal. 

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Thomas Turbando 02/11/2022

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MPaz 02/11/2022

Isso porque dizem defender valores cristãos!!! Onde está Deus nisso tudo?

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Antonio 02/11/2022

Estamos vendo o nivel dessas pessoas não respeitam o resultados e nem as opiniões das pessoas no coração só existem preconceito e ódio bem feito que não ganharam a esquerda na eleição anterior não fizeram isso quando Bolsonaro foi eleito tome vergonha na cara

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3 comentários

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