EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Uma operação policial composta por forças de segurança e de repressão ao crime organizado cumpriu, nesta quarta-feira, diversos mandados de busca, apreensão e de prisão preventiva expedidos pelo judiciário contra Claudiomar Garcia de Carvalho e os oficiais da Polícia Militar Cleber de Souza Ferra, Thiago Sátiro Albino e Sadá Ribeiro Parreira. Marcos Eduardo Paccola escapou da constrição graças a um HC preventivo concedido pelo Tribunal de Justiça.
De acordo com informação do Gaeco, os militares detidos seriam integrantes de um grupo de extermínio. Todos devem responder pela prática, em tese, de organização criminosa armada, obstrução de justiça, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informação.
A prisão dos militares foi realizada no âmbito da operação “Coverage”, que seria um desdobramento da operação “Mercenários”.
Como é natural em situação desta natureza e magnitude, a imprensa lavou a jega.
Os justiceiros homiziados no espaço cibernético não perderam a oportunidade.
Ataques desairosos contra a Polícia Militar elevaram a temperatura nas redes sociais.
Da custódia preventiva desses agentes públicos emerge a grandeza da instituição Polícia Militar de Mato Grosso
Não vou aqui defender os militares encrencados com a justiça. Quem reprova o mal feito de políticos não pode aceitar que servidores públicos, seja civil ou militar, fujam do quadradinho da legalidade e da moralidade para aprontar ilícitos penais ou administrativos. Todos devem ser processados e julgados na forma da lei. Se condenados, cana e assunto encerrado. A regra é clara, já dizia Arnaldo.
Da custódia preventiva desses agentes públicos emerge a grandeza da instituição Polícia Militar de Mato Grosso. Evento dessa natureza corta a carne, faz sangrar a alma de todos que vestem ou um dia vestiram a farda honrada.
Esposas, mães, filhos e amigos de militares também sofrem diante a descoberta de chagas no tecido social de uma corporação tricentenária, que tantas batalhas já venceu para a glória e orgulho da população do estado.

A imagem e a legitimidade social de uma instituição que serve e protege a vida e o patrimônio do povo há quase 300 anos não pode ser jogada na lama fétida da vala comum. Os homens e as mulheres que integram os quadros da PM/MT são guerreiros, valorosos combatentes. Infelizmente, não são super homens. São talhados para combater o crime. Preparo e boa formação, no entanto, não impedem desvios isolados de conduta. Os militares presos sabem o que fizeram. Se condenados, terão que entregar a farda e sair da corporação pelas portas da desonra.
Você que lê este artigo mora em algum município de Mato Grosso. A Polícia Militar está presente em todos. A missão é garantir a paz social e preservar a ordem pública. Quem pega carona em fatos isolados dessa natureza para achincalhar a corporação e colocar sob suspeita os profissionais de farda atenta contra a própria segurança. Isso é incitável.
Mais que crítica e ofensas, nossos guerreiros precisam de respeito, apoio e consideração. A instituição, criada em 1720, se mantém firme, forte e determinada a cumprir sua missão. Nada pode deter ou comprometer a história de bravura da família militar. É preciso apenas separar os bandidos dos homens de valor moral. Cadeia a quem merece cadeia e respeito aos guerreiros da PM/MT.