Edésio Adorno
Tangará da Serra
Durante quase oito anos no comando do Samae, Wesley Lopes Torres não foi capaz de resolver o crônico problema de desabastecimento de água a população tangaraense. Foram quatro longos anos de torneira seca durante os períodos de estiagem. Buracos foram cavados e promessas não faltaram. A água, no entanto, nunca chegou as residências dos moradores.
Uma situação aflitiva!
Derrotado nas urnas como reprimenda popular a falta de gestão no Samae, Lopes agora se apresenta como especialista em saneamento básico, apresenta alternativas de critica a gestão do prefeito Vander Masson e do chefe da autarquia municipal, Heliton Luiz de Oliveira, o Leto.
Em risível Live no Facebook, nesta quarta-feira, Lopes foi entrevistado por seu ex-companheiro de chapa na disputa pela prefeitura, Amauri Cervo. Durante a entrevista, Wesley mostrou que não sabe nada, não aprende nada e nem esquece de nada. Continua o mesmo, porém piorado!
De acordo com Lopes, o prefeito Vander Masson perdeu 90 dias na escolha do novo gestor do Samae e isso poderá causar impactos negativos na política de saneamento básico do município.
Fábio Martins Junqueira governou Tangará da Serra por quase 8 anos e durante todo esse tempo não conseguiu encontrar um diretor eficiente para comandar o Samae. O resultado disso a população sentiu na pele. A falta de água foi a marcada deixada tanto pelo prefeito quanto por seu pupilo Wesley Lopes Torres.
Gleba Triângulo
Na condição de especialista em saneamento básico, segundo definição do entrevistador Amauri Cervo, Wesley teria competência técnica para formular política de resolução da crise hídrica que castiga Tangará da Serra durante o período de estiagem. Lopes culpa a falta de chuva e a população por desperdiçar água com lavagem de carro e calçadas.
Lopes afirmou que perfurar poço artesiano na Gleba Triângulo é jogar dinheiro fora. Segundo ele, a fazenda São Marcelo já perfurou 6, 7, 8 poços e não conseguiu água para suprir as necessidades da fazenda. “Fazer captação do Juba, que fica a 6Km. Esse é o caminho de futuro”. Se ele sabe disso e ficou tanto tempo no comando do Samae por qual motivo não realizou essa obra?
Agência reguladora
Lopes explicou que ajudou a criar a Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento do Estado do Mato Grosso (ARIS-MT) e dela faziam parte os municípios de Cáceres, Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Tangará da Serra.
A presença do Samae na tal Aris-MT custaria quase R$ 350 mil por ano aos cofres públicos. Convencido quanto a sangria aos cofres do Samae, o prefeito Vander Masson enviou um projeto de lei para a Câmara de Vereadores, que resultou na criação da Lei Nº 5.428/2021, o qual revogou a lei anterior e salvou o Samae de jogar no ralo algo em torno de R$ 350 mil por ano.
Salário de marajá
Parte substancial dos recursos arrecadados pela Aris-MT é destinado ao pagamento de salário de marajá aos seus diretores. Wesley Lopes Torres, que ajeitou um cargo de diretor administrativo e financeiro abocanha nada menos que R$ 10 mil mensal. E existe a suspeita de que ele não comparece na sede da empresa, em Cuiabá, para fazer jus ao rico salário pago pelo contribuinte.
Lucas do Rio Verde também deixou a Aris-MT e Cáceres já discute com a AMM a criação de uma agência reguladora de saneamento básico com a participação de mais municípios.
Durante a live, Lopes afirmou ainda que sem fazer parte de uma agência reguladora, o Samae não consegue acessar recursos federais e que a emenda de bancada de algo em torno de R$ 7 milhões não seria paga ao município, o que não é verdade.
É fato que a Lei 14.026/2020 atualizou o marco legal do saneamento básico. Mas é fato também que essa lei ainda carece de regulamentação. Até que isso ocorra, tudo permanece como antes.
Ao fazer essa afirmação e criticar Masson por desligar o Samae da Aris-MT, Lopes defende apenas seu emprego na agência e um salário de fazer inveja a qualquer mortal. Afinal, R$ 10 mil mensal para não fazer nada é tudo que qualquer marajá sonha e deseja.
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