Da Redação
A Bronca Popular
Em meio a um cenário desafiador, Tangará da Serra, com seus mais de 100 mil habitantes, enfrenta um dos gargalos mais críticos para o seu desenvolvimento: a carência de saneamento básico.
Anos de gestões anteriores negligenciaram essa questão crucial, culminando em uma situação que agora exige soluções urgentes.
O Ministério Público Estadual (MPE) lançou uma nota recomendatória ao prefeito Vander Masson, alertando sobre a necessidade de não licenciar empreendimentos imobiliários sem uma proposta para a equação do problema.
Atualmente, mais de sete empreendimentos estão paralisados, impedindo o crescimento da cidade, reduzindo a geração de empregos na construção civil e prejudicando o comércio e prestação de serviços.
Esses projetos, que somam um faturamento estimado em R$ 448 milhões e correspondem a cerca de 2.800 lotes com preço médio de R$ 160 mil cada, representam uma considerável injeção financeira e potencial fonte de empregos para a região.
Contudo, permanecem congelados, afetando diretamente a economia local.
O Samae, responsável pelo saneamento no município, calcula que seriam necessários investimentos da ordem de R$ 100 milhões para resolver essa questão premente. No entanto, a autarquia municipal carece desse capital.
Em conformidade com o Marco Regulatório do Saneamento, a Prefeitura de Tangará da Serra anuncia a abertura da consulta pública ao Edital de Concorrência Pública para a concessão dos serviços públicos de esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos.
A iniciativa busca trazer parceiros privados para alavancar investimentos essenciais e, finalmente, superar os desafios que limitam o crescimento e o bem-estar da população tangaraense.
A consulta pública, que ocorre de 2 a 31 de janeiro de 2024, marca um importante passo na direção de um futuro mais saudável e sustentável para Tangará da Serra.