EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Silêncio, submissão, obediência e cumprimento, sem questionamento, de ordens de chefetes ou capatazes, são regras contidas na cartilha de alguns coronéis que ainda controlam prefeituras em grotões de Mato Grosso e governam sob o império do medo, do constrangimento, da força e da intimidação.
Barra do Bugres, tão próxima de Cuiabá e tão distante da realidade do país, é um belo exemplo de atraso político. David Marques de Queiroz, que era controlador-geral interno da prefeitura é mais uma vítima da desastrada, perversa e incompetente gestão do prefeito Raimundo Nonato (PSB), também conhecido como “coronel Raimundão”.
Queiroz teria abastecido o MPE com informações valiosas sobre o pagamento de verba indenizatória ao prefeito, vice-prefeito, aos secretários do município e aos assessores jurídicos e procuradores.
A farra com dinheiro público foi suspensa por ordem judicial, a sangria dos cofres da prefeitura foi estancada. O princípio da moralidade na administração pública foi resgatado.
O MPE fez valer a força da leis e, por quanto, o artigo 37 da CF/88 continua irradiando seus efeitos na castigada Barra do Bugres.
Para uma cidade com os piores indicadores sociais do estado, barrar o desperdício de quase R$ 1 milhão com verba indenizatória é um grande feito.
Essa grana salva pelo MPE pode ser útil para ajudar a mitigar os graves problemas de saúde, de infraestrutura, entre outros, que solapam a dignidade da população de Barra do Bugres.
O exemplar servidor público David Marques de Queiroz perdeu o cargo na prefeitura, mas não abriu mão da dignidade, da honradez e do caráter. Seu nome não pode ser esquecido pela população.
Questionado pelo site Rdnews, Raimundão respondeu:
"Eu vou me preparar para dar resposta a vocês, vou juntar tudo aqui. Me ligue amanhã”.
Não prefeito, você não precisa se preparar para prestar uma simples explicação.
Deveria, isso sim, ter se preparado para administrar a cidade de modo a não causar tanta decepção ao povo de Barra do Bugres. De nossa parte, suas justificativas estão dispensadas.
anderson alves de oliveira 12/03/2020
Vejo que a matéria faltou alguns pontos, como por exemplo o Controlador é CONCURSADO, logo, ele não foi demitido. Ele perdeu a função gratificada que é a Chefia do Setor, ou seja, ganhava a Comissão para chefiar ele mesmo, ou seja: 30% do salário. Ele continua sendo controlador de Barra do Bugres. Ainda tem mais, ele é servidor do Estado, concursado na SECITEC (salvo engano) lotado em Tangará da Serra e recebe salário do Estado para essa função a qual ela não exerce por estar na Chefia dele mesmo em Barra. Sem querer tomar partido, seria interessante haver mais informações sobre o caso, como por exemplo ele ter denunciado o fato, por uma simples razão: a VI não ter sido estendida a ele, como ele queria, afinal, ele mesmo fez lobby na Câmara (antes da aprovação da Lei) para que fosse alterada e colocado ele no roll dos beneficiados, entre outras questões. A questão do VI é esdruxula, vergonhosa, assim como ocorre em outras esferas, mas penso que a matéria deveria apontar mais informações sobre o caso.
Generoso Rodrigues 12/03/2020
Esse prefeito de Barra do Bugres envergonha os trabalhadores que suam para pagar seu gordo salario
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