Edésio Adorno
Cuiabá
A diretora do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari Nunes, faltou com o deve de lealdade que se exige de toda empresa séria, idônea e socialmente responsável. Ela informou que o instituto realizou 602 entrevistas durante os dias 25 a 27 de setembro para saber a tendência de voto do eleitorado cuiabano sobre a disputa de 2º turno entre os candidatos Emanuel Pinheiro (MDB) e Abilio Junior (Pode).
Para proteger as nádegas do instituto, o resultado divulgado foi 50% para Emanuel e 50% para Abilio. Seria um estranho caso de empate técnico em desprezo a dizima periódica. Estaticamente é quase impossível ou de probabilidade próxima de zero reunir 602 pessoas e cada candidato ter o apoio de 301. Isso somente existe no mundo mágico e fantasioso do Ibope.
Cavallari também acha isso muito estranho, se preferir um superlativo, estranhíssimo. Tanto que ela confidenciou a um famoso parceiro e ex-funcionário do Ibope, que o resultado verdadeiro seria Emanuel na frente com 1,5%. Como está dentro da margem de erro, que segundo o instituto seria de 4% para mais ou para menos, preferiu não assumir o risco.
O Ibope, por ser o mais famoso instituto de pesquisa do Brasil, deveria tratar com mais seriedade os consumidores de seu produto. Qualquer pessoa esclarecida sabe que pesquisa reflete momento. É possível que Abilio Junior vença o pleito. Mas mascarar a foto do momento, que mostra Emanuel na vantagem, é falta de respeito para com o eleitor ou falta de segurança no que faz o famoso Ibope.
