EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Vereadores, deputados, ativistas de movimentos sociais, lideranças comunitárias, dirigentes classistas, sindicalistas e representantes disso e daquilo, quando contrariados ou insatisfeitos por qualquer razão, estufam o peito e anunciam, confiantes na resposta: “vou acionar o Ministério Público (MPE)”.
Até gente simples da sociedade leva suas pretensões resistidas ao órgão ministerial. É no MPE também que prefeitos de cidades interioranas buscam ‘consultoria’ e ajuda para descascar os abacaxis jurídicos da administração pública. Assim é porque o Parquet Estadual frui de inquestionável legitimidade social.
Nas universidades, nas praças, nos botequins e nas redes sociais, a população comemora efusivamente cada operação de combate a corrupção deflagrada pelo Gaeco. Quando um peixe graúdo da sociedade ou um político corrupto é embarcado no camburão da polícia, o contribuinte percebe a importância da atuação do MPE na defesa do patrimônio público e dos valores éticos consagrados pela sociedade.
O MPE tem muitas outras funções, além do combate a corrupção e ao crime organizado. Todas elas revestidas da mais alta importância social. Infelizmente, a sociedade, única beneficiária do atuação do órgão ministerial, ainda não percebeu que a instituição imprescindível a paz social enfrenta, talvez, a maior tormenta de sua história.

Ratos, serpentes, víboras, vampiros e outros animais asquerosos se uniram em cruzada satânica contra o Gaeco/MPE. O objetivo da súcia de malfeitores é jogar o órgão ministerial na lama fétida e miasmática da execração popular. Fragilizado, com o filme queimado, o Gaeco perde o protagonismo no combate a corrupção. Eis aí o sonho e objeto de desejo das organizações criminosas.
Precisamos ter a clareza de que as interceptações telefônicas ilegais, investigadas no âmbito da Grampolândia, estão sendo usadas como pano de fundo para condenados pela justiça ir a desforra, por vindita, contra promotores e procuradores de justiça. A campanha de ódio e de maledicência promovida contra o Ministério Público evidencia o desprezo dessa gente para com o órgão e seus membros.
O Gaeco/MPE é uma instituição sagrada. Defende-la da infâmia dos abutres e das garras dos salteadores é um dever imposto a todos que lutam por uma sociedade ética, justa e honesta
Atrás dessa jogada sórdida existem outras ainda mais desprezíveis. Anular condenações, reaver bens e valores apreendidos, restituir os direitos políticos de mafiosos para que eles possam retornar a vida pública, debochar do povo e refestelar livres e soltos na onda da impunidade.
Tem mais: afrontar e desmoralizar o Geco pode ser uma boa estratégia para barrar investigações em curso e obstaculizar novas operações policiais contra os recalcitrantes operadores de esquemas criminosos na administração pública e na iniciativa privada. A inercia e o silêncio dos íntegros de caráter contribuem para com a desintegração da sociedade.
Quem se cala, se torna cumplice. Reaja, Mato Grosso. O Gaeco/MPE é uma instituição sagrada. Defende-la da infâmia dos abutres e das garras dos salteadores é um dever imposto a todos que lutam por uma sociedade ética, justa e honesta.
Sandra maria Geirgeto 27/07/2019
O Brasil precisa fortalecer o Gaeco e o Ministério Público e todos que lutam para o cidadão honesto poder continuar chamando este país de Pátria Amada.
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