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POLÍTICA Quinta-feira, 28 de Novembro de 2019, 15:11 - A | A

28 de Novembro de 2019, 15h:11 - A | A

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Em vídeo, senador paraguaio defende morte de 100 mil brasileiros que vivem no país

Senador Paraguayo Cubas Colomes, do partido Movimento Cruzada Nacional, aparece em dois vídeos revoltado com madereiros brasileiros da região de Alto Paraná, perto da fronteira com o Brasil. Assista

Folha de S Paulo



Na última segunda-feira (25), o senador Paraguayo Cubas Colomes, membro do partido Movimento Cruzada Nacional, uma legenda pequena que tem como bandeira o combate à corrupção e à presença estrangeira no Paraguai, foi filmado na cidade de Minga Porá, no Departamento de Alto Paraná, perto da fronteira com o Brasil, chamando brasileiros de bandidos e invasores, informa a Folha de S.Paulo nesta quinta-feira (28).

"Bandidos brasileiros, bandidos! Invasores! Agora desflorestando o país", berra. "Tem que matar aqui ao menos 100 mil brasileiros bandidos", prossegue, mencionando que há 2 milhões de brasileiros vivendo no país.

O motivo da ira do senador paraguaio foi um caminhão carregado de madeira vindo de uma estância de "rapai" (termo informal usado no país em referência a brasileiros). Colomes, em seguida, pede "paredão" para os brasileiros que não têm "cortina de vento" (uma técnica de manejo florestal que tem como objetivo evitar que o vento carregue pesticidas para propriedades menores nas redondezas de grandes áreas de plantação de soja).

Em um segundo vídeo, o senador investe contra policiais que, segundo ele, estariam protegendo os brasileiros. Ele chuta um carro e chega a dar um tapa num policial, que não reage. Em seguida, furioso e proferindo xingamentos, arremessa um vaso no chão.

"Os vídeos geraram reação no Senado paraguaio, que discute a possibilidade de punição ao senador. Senadores pediram desculpas aos brasileiros pelas declarações do colega. Colomes é reincidente. Há alguns meses, recebeu uma suspensão por ter atirado um copo de água num colega durante uma discussão", diz a reportagem.

O governo brasileiro está acompanhando o caso e avalia alguma medida formal de protesto contra o senador, informa a Folha

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