EDÉSIO ADORNO
Da Editoria de Política
O Diretório Central dos Estudantes de Tangará da Serra (DCEMAT), que representa os acadêmicos da Unemat, está convocando uma manifestação para o dia 30 de maio, no centro da cidade, no local denominado praça das lamentações. O movimento seria plausível, não fosse seu caráter mistificador e de sua natureza político-ideológico.
Em um chamamento a paralisação, que circula nas redes sociais, uma estudante usa a seguinte mensagem para convocar seus colegas a engrossar a paralisação: “Vamos dizer, ao governador. Não ao corte de 50% na Unemat (sic)”.
O bizarro não fica por conta apenas do vilipendio a gramática. Pior que não saber usar os sinais gráficos, é pagar mico por falar inverdades e concorrer para com a desmoralização pública da Unemat, uma instituição de incontrastável importância social para o desenvolvimento de Mato Grosso.
O DCEMAT também falta com o dever de honestidade intelectual e apregoa suposto corte no orçamento da Unemat para inculcar o terror na cabeça dos estudantes. O propósito é coagi-los a participar da paralisação agendada para o próximo dia 30 de maio. Na verdade, os esquerdistas querem palanque para berrar Lula-livre e vomitar asneiras contra Mauro Mendes e Jair Bolsonaro.
A verdade, apenas a verdade!
A Constituição Federal (artigo 207) garante que as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.
Já o artigo 246 da Constituição do Estado de Mato Grosso determina, obriga o repasse anual de 2,5% da Receita Corrente Liquida (RCL) do Estado na manutenção e desenvolvimento da Universidade de Mato Grosso (Unemat).
O que acontece, desde o governo Blairo Maggi, passando por Silval Barbosa e Pedro Taques, é que ao longo do ano as expectavas de receitas pode não corresponder ao previsto. É natural que haja evolução ou involução na arrecadação. Em havendo frustração de receita, opera-se o famoso contingenciamento, o que não se confunde com corte.
O ex-governador Pedro Taques (PSDB) contingenciou mais de R$ 6 milhões da Unemat, durante o exercício financeiro de 2018. Ele deveria ter regularizado o repasse obrigatório até o final de seu governo. Está respondendo perante os órgãos de controle externo.
O governador Mauro Mendes não determinou o corte de nenhum centavo da Unemat. Afirmação ao contrário disso, é falsa. É provável que haja contingenciamento. É certo, no entanto, que a instituição deve receber o percentual de 2,5% da RCL até o final do ano, sob pena do chefe do executivo incorrer em crime de improbidade.
Para concluir, seria prudente que os acadêmicos esquerdistas da Unemat se atentasse para o aforismo de Kant, que diz: "O homem não é nada além do que a educação faz dele". Quem falta com a verdade, mistifica e frauda a opinião pública com a disseminação de falsas informações, certamente não é um produto da educação, tal qual como concebemos e nem reflete a qualidade do ensino da Unemat.