Edésio Adorno
Tangará da Serra
O presidente da Câmara de Tangará da Serra, vereador Fábio Brito, o Fabão (PSDB), se posicionou no Facebook contra o lockdown. Bravo, bravíssimo! Pena que não seja o pretenso candidato a deputado estadual o único a defender o funcionamento normal do comércio. 10 entre 10 tangaraenses apoiam o combate a covid-19 aliado a preservação da atividade econômica e de postos de trabalho.
Fabão, portanto, é apenas um caroneiro oportunista da causa. Sua atuação estampa víeis de caráter político-eleitoral. Suposição? Não. Os fatos comprovam que o vereador tucano não tem compromisso com a saúde pública e sequer sabe ou finge não saber o que acontece na área.
Na manhã desta quarta-feira, Fabão fez questão de pontuar que é contra o decreto do Governo de MT, que estabeleceu medidas mais rígidas de combate a covid-19 em todo o território mato-grossense.
- Sou contra essa medida do governador que teve um ano para investir maciçamente na saúde pública com a criação de mais leitos de UTIs, hospitais de campanha, equipar hospitais municipais e regionais, além de uma fiscalização mais rígida, e pouco foi feito com os recursos que foram enviados pelo Governo Federal e agora pune sociedade e empresas com restrições –, escreveu o tucano
Como lorota pouca é lucro, Fabão mandou uma pérola: “lembrando que o Decreto do Governo Estadual é IMPOSITIVO” (grifo dele), como se existisse decreto não impositivo. Atenção, vereadores! Decretos assinados pelo presidente Brito não são impositivos e sim facultativos, de cumprimento não obrigatório.
Buscar meios, alternativas para enfrentar a covid-19, sem causar danos a economia é uma atitude saudável e meritória. Quanto a isso, o consenso é geral, amplo, irrestrito e total. O problema, no entanto, é que Fabão tenta terceirizar os equívocos da atual gestão, faz vistas grossas para as decisões erráticas que o ex-prefeito Fábio Junqueira (MDB) tomou com relação a saúde pública e, de quebra, se exime de responsabilidade enquanto fiscal bem remunerado dos atos da administração pública municipal.
Um escândalo acontece no Hospital Municipal sem que o chefe do legislativo, Fábio Brito, tome a menor atitude.
A empresa Medicar Emergências Médicas Campinas Ltda, contratada, que foi contratada pela prefeitura, em novembro de 2020, pelo valor de R$ 5.231.305,32, para gerir a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e leitos clínicos de enfermaria covid-19, nas dependências do Hospital Municipal Arlete Daysi Cichetti Brito, já foi denunciada junto ao MPE pelo fiscal do contrato. (AQUI)
A Medicar presta um serviço de péssima qualidade, não dispõe de profissionais com especialização, não tem responsável técnico e um único médico chega a tirar plantão durante 20 dias seguidos. Além, é claro, que cometer outros absurdos e expor, por negligência, a vida de pacientes covid-19 a risco permanente.
Fabão ainda não determinou rigorosa investigação sobre a forma relapsa e negligente de atuação dessa empresa (Medicar Emergências Médicas Campinas Ltda) e pelo visto jamais vai se importar com isso. Ou vai?
Movido por um discurso fácil, embora sem nexo com a verdade, Fabão escreveu no Facebook que “o governador teve um ano para investir maciçamente na saúde pública com a criação de mais leitos de UTIs, hospitais de campanha, equipar hospitais municipais e regionais”.
A verdade é que o ministério da Saúde, ainda sob o comando do general Pazuello, editou a Portaria Nº 1.236, de 18 de maio de 2020, para habilitar 8 leitos de UTI de Tangará da Serra. Ato contínuo, liberou em parcela única o valor R$ 1.872.000,00. Sem os leitos devidamente equipados e com medo da Polícia Federal, o então prefeito Junqueira devolveu a grana e assumiu o custeio das UTIs com recurso próprio. (AQUI)
O governador Mauro Mendes insistiu com Fábio para ativar os leitos de UTI, os quais seriam custeados pelo Governo de MT, desde que colocados a disposição da regulação estadual. Junqueira não aceitou a proposta. Ele defendia que os leitos fossem de uso exclusivo para moradores de Tangará da Serra.
A mesma proposta de custeio dos leitos de UTIs foi feita ao prefeito Vander Masson. Ele também recusou, não aceitou, porque assim como Junqueira, Masson não gostaria que esses leitos covid-19 fossem disponibilizados para todo o estado.
Agora, vem Fabão a dizer que o governo não investiu em saúde pública. Pura balela.
Ainda ontem, o secretário e Saúde, Gilberto Figueiredo mandou um aviso aos prefeitos: “não mande ofício, abram UTIs e mande a conta que o governo paga”. Em entrevista à radio Serra FM, Vander mudou de ideia e assumiu que pretende abrir 20 leitos de UTI, que serão custeados pelo Governo de MT, até que sejam credenciados junto ao Ministério da Saúde (MS).
Pq será 08/04/2021
É impressão minha ou esse site tá pegando no pé do fabao? Têm angu nesse caroço , já é a segunda matéria q leio desse jeito
1 comentários