EDÉSIO ADORNO
Tangará da Serra
Não está sendo fácil a sobrevivência dos feirantes que trabalham ou deveriam trabalhar na Feira do Produtor. Em nome do suposto enfrentamento a pandemia do novo coronavírus, o prefeito baixou normas de prevenção a disseminação da doença.
Algumas dessas medidas foram acertadas; outras, nem tanto. Restringir o funcionamento da tradicional feira as segunda, quarta e sexta-feira foi um duro golpe na categoria.
Sem poder trabalhar aos domingos, dia de maior fluxo de vendas, resta aos feirantes e trabalhadores da agricultura familiar contabilizar os prejuízos. Alguns feirantes já pensam em abandonar a feira e procurar outra alternativa de vida.
A Associação dos Feirantes, segundo reza seu estatuto social, deveria ser um instrumento de luta em defesa de seus membros. Na prática, de acordo com uma avalanche de denúncias que chegou a nossa redação, depois da veiculação de uma matéria, na data de ontem (15/07), com o questionamento: “o que impede Junqueira de liberar o funcionamento da feira aos domingos?
Sob a condição de anonimato, feirantes criticam o comportamento ‘omisso’ do presidente Pedro José de Freitas, que não tem coragem de confrontar com o prefeito e cobrar a liberação da feira aos domingos.
“Ele não representa os trabalhadores da feira, se esconde dos embates, parece ter medo ou o rabo preso com o prefeito”, comentou um dono de banca de verduras.
“Esse presidente fala que precisa cumprir o decreto do prefeito, mas mesmo sabendo que esse decreto ferra nossa vida, não faz nada para exigir que o prefeito muda essa droga de decreto”, escreveu uma senhora, que alega sustentar sua família com o trabalho que desenvolve há mais de 15 anos nas feira do produtor e da Vila Alta.
Pedro, o servo de Fábio!
“Sou convertido a Cristo e sigo os ensinamentos da Bíblia. No livro de Mateus 6:24, está escrito: "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”, falou um senhor, por meio de mensagem de áudio e acrescentou: “Pedro preferiu seguir Fábio, virou servo de Fábio ou já era a gente não sabia. Se ele não assumir sua responsabilidade, que é defender os interesses de todos nós feirantes, vamos agir por conta própria”, prometeu
“Os donos de academia lutaram e foram vitoriosos; os dirigentes de igrejas lutaram e foram vitoriosos; os donos de bares, lanchonetes, conveniências e distribuidoras de bebidas alcoólicas lutaram e foram vitoriosos. Tudo está aberto e funcionando sem colocar a vida de ninguém em perigo. Por que a feira não pode funcionar?”, escreveu outro feirante, que alega ter dívidas e compromissos atrasados.
O outro lado - tentamos conversar com o presidente Pedro José de Freitas. Ele visualizou a mensagem, mas não se manifestou, talvez por temer contrariar Junqueira. Caso tenha autorização do prefeito e queira se manifestar, o espaço está aberto.